Mônica Bergamo é jornalista e colunista.
Governadores podem apoiar lei para comprar vacina chinesa sem registro na Anvisa
Parlamentares também já estudam solução para o caso de agência sofrer pressão de Bolsonaro
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A possibilidade de a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) retardar o registro da Coronavac, a vacina chinesa que será produzida no Brasil pelo Instituto Butatan, já mobiliza governadores, que estudam alternativas caso isso ocorra.
ALERTA GERAL
Uma delas seria aprovar, no Congresso Nacional, uma lei que permitisse a compra do imunizante mesmo sem o registro nacional —mas desde que ele fosse aprovado pela agência equivalente de algum outro país ou região com tradição científica, como EUA, União Europeia, Japão ou a própria China. A Coronavac ainda está em testes.
HISTÓRIA
A iniciativa seria inspirada em artigo da Lei 13.979, aprovada em fevereiro para que o país enfrentasse a Covid-19. Ele prevê a aquisição excepcional e temporária de medicamentos, equipamentos, materiais e insumos na área de saúde sem registro da Anvisa.
HISTÓRIA 2
Pela regra, o produto a ser adquirido em caráter emergencial tem que ser aprovado por uma das seguintes agências: FDA, dos EUA, European Medicine Agency, da União Europeia, Pharmaceuticals and Medical Devices Angency, do Japão, ou National Medical Products Administration, da China.
CAMINHOS
“Compramos respiradores dessa forma”, relembra o governador do Maranhão, Flávio Dino. “Se Jair Bolsonaro mantiver sua xenofobia sanitária, influindo na Anvisa, podemos resolver isso com base na Lei 13.979”, afirma o deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP), que já foi ministro da Saúde.
DE OLHO
E senadores devem criar uma comissão externa para acompanhar os trabalhos da Anvisa em relação ao registro de vacinas contra a Covid-19.
DE OLHO 2
A desconfiança em relação à agência surgiu depois que Bolsonaro passou a atacar a Coronavac, dizendo que ela é “a vacina chinesa do [governador de SP, João] Doria".
QUARENTENA
com BRUNO B. SORAGGI, BIANKA VIEIRA e VICTORIA AZEVEDO
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