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Caetano, Daniela Mercury e Wagner Moura falarão à Corte Interamericana de Direitos Humanos sobre censura no Brasil

Comissão ligada à OEA (Organização dos Estados Americanos) aceitou pedido do movimento Mobile e marcou audiência para o dia 14

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A CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos), órgão independente da OEA (Organização dos Estados Americanos), aceitou o pedido do Mobile (Movimento Brasileiro Integrado pela Liberdade de Expressão Artística) e marcou uma audiência pública no próximo dia 14 para ouvir e debater as denúncias de censura no Brasil sob o governo Jair Bolsonaro (PL).

Caetano Veloso, Daniela Mercury e Wagner Moura participarão da audiência junto com integrantes do Mobile falando sobre as violações de liberdade de expressão no país, o desmonte institucional do setor cultural e a perseguição de artistas. O Mobile havia divulgado a participação de Gilberto Gil, mas ela ainda não está confirmada.

O ator Wagner Moura no Festival de Berlim de 2019, onde exibiu seu filme 'Marighella', que sofreu censura no Brasil e só foi lançado em 2021 - John MACDOUGALL -15.fev.2019/AFP

Lançado em novembro, o Mobile é formado pelas organizações Artigo 19, 342 Artes, LAUT, Rede Liberdade, Mídia Ninja, Movimento Artigo Quinto e Samambaia Filantropias. O movimento colocou no ar uma plataforma para receber denúncias de censura. Desde 2019, já foram registrados 170 casos.

Segundo o Mobile, cerca de 30% das denúncias estão vinculadas a questões identitárias: a expressões de gênero, raça e orientação sexual ou possuem motivações religiosas e/ou morais. Além disso, cerca de 67% das ocorrências têm origem em medidas do governo federal.

Em novembro, Wagner Moura conseguiu lançar no Brasil "Marighella", após o filme ter sua estreia adiada por duas vezes desde 2019, por conta de imbróglios com a gestão da Ancine (Agência Nacional do Cinema).

Em entrevista à Folha, Moura disse que "Marighella" foi censurado pelo órgão por ser uma biografia de Carlos Marighella, guerrilheiro comunista que lutou contra a ditadura militar. "As negativas da Ancine para o lançamento e, depois, o arquivamento dos nossos pedidos não têm explicação. E isso veio numa época em que o Bolsonaro falava publicamente sobre filtragem na agência"​, afirmou o diretor.

com LÍGIA MESQUITA, VICTORIA AZEVEDO, BIANKA VIEIRA e MANOELLA SMITH

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