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PSB desfilia vereador Camilo Cristófaro por fala racista

Processo de expulsão seria mais lento, e presidente da legenda em SP decide aceitar pedido de afastamento feito anteriormente pelo parlamentar

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O PSB de São Paulo desfiliou o vereador Camilo Cristófaro da legenda.

Para adotar um rito sumário, o presidente do partido em SP, Jonas Donizette, aceitou um pedido que o parlamentar fez de afastamento dos diretórios municipal e estadual da agremiação, no dia 28 de abril.

O vereador Camilo Cristófaro (ex-PSB, hoje no Avante) durante sessão da Câmara Municipal de SP - André Bueno-14.fev.2020/CMSP

Cristófaro não falava claramente em desfiliação, mas citava o artigo 17, paragrafo 6º, da Constituição, que permite o desligamento partidário com a anuência da direção da agremiação.

"Ele já vinha me ligando, afirmando que queria a desfiliação. Estávamos tentando segurá-lo. Mas, diante do fato gravíssimo de manifestação de racismo, que vai contra os princípios do PSB, o desligamento foi aceito", afirma Donizette.

Cristófaro, segundo ele, não faz mais parte dos quadros do PSB e não estará na lista de filiados e candidatos para as próximas eleições.

Na terça (3), o parlamentar proferiu falas de cunho racista durante sessão na Câmara Municipal de São Paulo.

Durante sessão da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Aplicativos, foi possível ouvir conversa em que Cristófaro diz: "Não lavaram a calçada. É coisa de preto, né?". Ele participava virtualmente do encontro.

Como mostrou o Painel, os deputados federais Marcelo Freixo (RJ), Danilo Cabral (PE) e Milton Coelho (PE), do PSB, entraram com representação na comissão de ética do partido pedindo a expulsão do vereador. Outros filiados também apresentaram requerimentos fazendo a mesma exigência.

Com a medida de Doniztte, no entanto, o processo se torna desnecessário.

"Um processo de expulsão levaria um tempo muito maior, com direito ao contraditório, ampla defesa. Como Cristófaro já queria mesmo sair da legenda, nós nos antecipamos e aceitamos a desfiliação", afirma ele.


SOBRE O PALCO

O cônsul-geral da Espanha em São Paulo, Miguel Gómez de Aranda y Villén, e a diretora-executiva da empresa Sustenidos, que administra o Theatro Municipal de São Paulo, Alessandra Costa,
compare-ceram à estreia da ópera "Café", no Municipal, realizada na terça (3), na capital paulista. Baseado em libreto de Mário de Andrade, o espetáculo tem direção de Sérgio de Carvalho e conta com a participação do Coletivo Nacional de Cultura do MST (Movimento dos Trabalha-dores Rurais Sem Terra).

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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