Mônica Bergamo é jornalista e colunista.
Decisão do STJ sobre planos de saúde reduz acesso a tratamento de câncer infantil, dizem médicos
Dirigentes da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica fazem alerta sobre determinação que desobrigou operadoras de custearem procedimentos não incluídos no rol da ANS
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Dirigentes da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (Sobope) afirmam que a decisão que desobriga planos de saúde de custearem procedimentos não incluídos no rol da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) pode afetar a disponibilização de tratamentos oncológicos e reduzir as chances de cura de crianças afetadas pelo câncer. A sentença foi dada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) no mês passado.
MAPA
O Brasil tem cerca de 8.500 novos casos de câncer pediátrico por ano, segundo a última projeção do Inca (Instituto Nacional do Câncer).
PERIGO
De acordo com o presidente da Sobope, Neviçolino Pereira de Carvalho Filho, e o coordenador do comitê de medicina de precisão da entidade, Elvis Terci Valera, em torno de 20% dos pacientes com a doença se beneficiariam de alguma nova terapia disponível hoje. Essa possibilidade, no entanto, foi drasticamente reduzida após a decisão do STJ, afirmam eles.
FATIA
Segundo os oncologistas, a individualização de tratamentos, a chamada medicina de precisão, por vezes é mais eficaz do que outros métodos convencionais. "Com o rol taxativo, a judicialização poderá tornar-se um processo ainda mais desgastante e moroso para famílias e crianças com câncer, onde a variável tempo tem um significado muito particular", avaliam os médicos.
TEMPO
"Perder o momento para uso dos tratamentos adequados em oncologia pediátrica significa expor o paciente a diminuir expressivamente as suas chances de cura."
MARTELO
Pela decisão do STJ, a operadora não é obrigada a bancar um procedimento se houver opção similar no rol da ANS —há algumas exceções. Até então, negativas de atendimento a demandas individuais eram levadas a diferentes instâncias do Judiciário.
ONDAS
A apresentadora Karyn Bravo e o produtor musical João Marcello Bôscoli prestigiaram, na noite de segunda (11), evento em comemoração aos 45 anos da Rádio Cultura FM, no Teatro B32, em São Paulo. O maestro Julio Medaglia também passou por lá.
com BIANKA VIEIRA (interina), KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters