Siga a folha

Descrição de chapéu yanomami

Articulação indígena reclama de postos vazios na Funai e cobra governo Lula

Carta elogia valorização do 'movimento indígena' pela gestão federal, mas pede que nomeações ocorram 'o quanto antes'

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

A Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil) enviou um ofício a ministros do governo Lula (PT) cobrando mais ação da gestão federal e pedindo explicações pela demora em nomear servidores para coordenações regionais da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) e dos distritos de saúde indígena.

O documento é endereçado a Rui Costa (Casa Civil), Sônia Guajajara (Povos Indígenas) e Nísia Trindade (Saúde), além do secretário especial de Saúde Indígena, Weibe Tapeba, e a presidente da Funai, Joênia Wapichana.

Lula faz pronunciamento ao lado da comitiva de ministros e de lideranças indígenas após crise no território yanomami - Ricardo Stuckert/PR

Em janeiro deste ano, o governo federal exonerou mais de 30 coordenadores e servidores da Funai, indicados na gestão de Jair Bolsonaro (PL), após a crise sanitária e humanitária na Terra Indígena Yanomami.

A Apib afirma que postos seguem vazios. A carta elogia a "valorização do movimento indígena" no governo Lula, mas cobra ações.

"Esperamos que as nomeações ocorram o quanto antes, pois os problemas que nos afetam no dia a dia não podem esperar mais, tais como os conflitos e a crescente violência contra nossos povos", afirma o documento.

A articulação critica a gestão dos ex-presidentes Bolsonaro e Michel Temer (MDB) e diz que a política indigenista "não pode mais cair na morosidade, omissão e descaso que a caracterizou particularmente nos últimos seis anos".

"E não pode também, acreditamos, ser submetida a critérios de interferências político-partidários, negociatas e muito menos à prática do toma-lá-dá-cá, na condição de moeda de troca no jogo de interesses econômicos e políticos de quaisquer grupos sociais, sobretudo anti-indígenas", segue o texto.

Procurados, os ministérios não responderam até a publicação deste texto.


É PIQUE!

A socióloga e presidente de honra da Comissão Arns, Margarida Genevois, recebeu convidados para a celebração do seu aniversário de cem anos, realizada em Higienópolis, na capital paulista, na semana passada. Com uma trajetória dedicada à defesa dos direitos humanos, Margarida foi presidente da Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo por três vezes, tendo trabalhado diretamente com dom Paulo Evaristo Arns. O teólogo Frei Betto participou da comemoração. O advogado Antonio Cláudio Mariz de Oliveira e os ex-ministros da Justiça José Gregori e José Carlos Dias também estiveram lá.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas