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Entidade pede ao STJ homologação de sentença e prisão imediata de Robinho

União Brasileira de Mulheres atua como amicus curiae no processo, que será julgado na quarta (20)

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A União Brasileira de Mulheres (UBM), entidade que atua como amicus curiae (amigo da corte) no julgamento do ex-jogador Robinho no Superior Tribunal de Justiça (STJ), pediu a homologação da sentença dada pela Justiça italiana e a prisão imediata dele.

Robinho foi condenado por estupro coletivo na Itália. O atleta recebeu sentença de nove anos de prisão, mas está em liberdade no Brasil, cuja legislação impede a extradição de brasileiros natos.

O ex-jogador Robinho - Oliver Morin/AFP

Na quarta (20), o STJ vai julgar se confirma a decisão da corte da Itália. O país europeu pede a homologação, ou seja, que Robinho cumpra a pena no Brasil. A sessão terá transmissão ao vivo no Youtube.

A UBM entregou ao STJ a sua manifestação final sobre o processo na última sexta-feira (15). No documento, a entidade diz que há elementos legais para a homologação e pede que seja expedida medida cautelar de prisão preventiva.

"A impunidade dos jogadores de futebol resulta em fomentar a cultura machista e discriminatória deste ambiente, em que assédio, abusos e violência sexual já se tornaram algo natural da prática do futebol", afirma a organização, presidida por Vanja Andrea.

Os advogados Carlos Nicodemos e Maria Fernanda Fernandes, que representam a entidade, afirmam que o caso pode ser "uma oportunidade histórica da Justiça brasileira em dar uma resposta aos sucessivos capítulos de violência na história recente, com crimes, discriminações e preconceitos que o futebol tem gerado dentro e fora de campo".

No julgamento, os ministros do STJ vão analisar se a sentença cumpre requisitos formais (se foi proferida por autoridade competente no exterior, se o réu foi citado, se a decisão não ofende a ordem pública brasileira, entre outros).

Robinho foi inicialmente condenado em 2017, recorreu e teve as tentativas esgotadas em 2022, com trânsito em julgado na Itália.

O atleta sempre negou o crime publicamente. A polícia italiana, porém, gravou conversas dele com seus amigos na quais ele confirma o estado de inconsciência da vítima no momento do crime. "Por isso que eu estou rindo, eu não estou nem aí. A mina estava extremamente embriagada, não sabe nem quem que eu sou", disse o ex-jogador.

As gravações fizeram parte do material usado pelo Ministério Público da Itália no processo que condenou o brasileiro.

O caso ocorreu na madrugada do dia 22 de janeiro de 2013, em uma casa noturna de Milão.

Segundo investigação do Ministério Público, Robinho, seu amigo Ricardo Falco e outros quatro brasileiros praticaram violência sexual de grupo contra a vítima, que foi embriagada por eles e, inconsciente, levada para o camarim do estabelecimento, onde foi estuprada várias vezes.


DRAMA ENCENADO

A diretora Livia Sabag recebeu convidados na estreia da ópera "Madame Butterfly", dirigida por ela, na semana passada, no Theatro Municipal de São Paulo. O tenor Jean William faz parte do elenco da montagem. O diretor regional do Sesc São Paulo, Luiz Galina, prestigiou o evento.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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