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Câmara de SP aprova título de cidadão paulistano a André Valadão

Proposta é de autoria do vereador Rinaldi Digilio, que propôs mesma homenagem a Michelle Bolsonaro

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A Câmara Municipal de São Paulo aprovou na noite desta quarta-feira (26) um projeto de decreto legislativo que dá o título de cidadão paulistano ao pastor evangélico André Valadão, da Igreja Batista Lagoinha.

A proposta é de autoria do vereador Rinaldi Digilio (União Brasil), que também foi o responsável pelo projeto que deu o mesmo título à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

O cantor e pastor André Valadão - Divulgação

A aprovação ocorre dias após o líder da Igreja Batista da Lagoinha publicar, em suas redes sociais, um vídeo em que critica pais que deixam seus filhos irem para a universidade.

Segundo o pastor, os filhos que frequentam o ambiente universitário abandonam a religião e podem ir para o inferno. E as filhas podem se tornar "rodadas". A fala teve ampla repercussão nas redes sociais.

Na justificativa do projeto, Digilio narra a trajetória do pastor, diz que "ainda na sua infância
aceitou Jesus como Senhor e Salvador" e ressalta que Valadão já foi homenageado com a Medalha da Inconfidência, concedida pelo governo mineiro.

No ano passado, o líder da Igreja da Lagoinha discriminou pessoas da comunidade LGBTQIA+ em culto transmitido na internet. Na ocasião, o pastor sugeriu ser desejo divino a morte de pessoas não heteronormativas. Após a repercussão do caso, a Justiça Federal determinou a remoção do material do YouTube e do Instagram.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro recebe homenegam no Theatro Municipal de SP - Rubens Cavallari/Folhapress

Valadão assumiu no fim de 2022 a liderança da igreja Lagoinha Global, com mais de 700 templos no Brasil e no mundo. Subiu na hierarquia após seu pai, Márcio Valadão, nome respeitado no meio, se aposentar.

Na última campanha eleitoral à Presidência, o pastor foi um dos apoiadores evangélicos mais entusiasmados de Jair Bolsonaro (PL).

Ele é irmão da também pastora e cantora Ana Paula Valadão que, em abril deste ano, foi condenada a pagar uma indenização de R$ 25 mil por danos morais coletivos devido a um discurso contra homossexuais e pessoas com o vírus HIV.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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