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Correspondente da Folha na Ásia

Descrição de chapéu Eleições 2018

Reuters visita 'brigada' de generais no centro de um governo Bolsonaro

'Sob ordens, é silêncio de rádio total até depois das eleições', diz Augusto Heleno

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Destacada pelo Drudge Report e reproduzida por New York Times e sites pelo mundo, a agência Reuters despachou a longa reportagem “O esquadrão de ex-militares por trás da ascensão de Jair Bolsonaro no Brasil”.

Concentra-se em quatro generais. O primeiro é Augusto Heleno, “provável ministro da Defesa”, que recebeu na porta os repórteres Brad Brooks e Anthony Boadle e os dispensou, dizendo: “Sob ordens do Bolsonaro, é silêncio de rádio total até depois das eleições”.

Os outros são o vice Hamilton Mourão e os esperados ministros de infraestrutura e transportes, Oswaldo Ferreira, e de educação e comunicações, Aléssio Ribeiro Souto, que também pouco responderam sobre o eventual governo.

“Sua ascensão”, dos quatro generais, “tem deixado muitos brasileiros temerosos dos dias em que as Forças Armadas davam as cartas”, escreve a Reuters, lembrando que “a nação foi governada por junta militar de 1964 a 1985”.

Organograma do eventual governo, com a ‘brigada’ militar, segundo a agência Reuters

GLOBO OPTOU

Além do “silêncio total” dos generais, Bolsonaro enviou email à Globo, no dizer da emissora, “informando que em razão de limitações de saúde” ele não vai ao debate. E a Globo, como noticiou Maurício Stycer no UOL, “optou por não entrevistar Haddad”.

NAS COXIAS

Por sites como Teletime, Tele.Síntese e Convergência Digital, a última semana foi de disputa em torno da Anatel, a agência de telecomunicações.

O ministro das Comunicações, Gilberto Kassab, indicou seu “braço direito” que “tem o apoio da radiodifusão”, ou seja, TVs como a Globo. Elas estariam “interessadas em marcar território na Anatel”, onde “nunca tiveram assento”, e o nome que apoiam seria já o presidente. Mas na sexta o Palácio do Planalto refez a mensagem e o apontou só diretor.

E no fim de semana Bolsonaro avisou em entrevista coletiva que o Ministério das Comunicações seria absorvido pelo MEC —que deverá ficar com o general Souto.

‘BRAZIL, LOVE IT OR LEAVE IT’

Na Europa, por britânicos como Channel 4 e Guardian e alemães como Süddeutsche e Frankfurter Allgemeine, a ameaça feita em “live” por Bolsonaro aos oponentes “vermelhos” ecoou mais do que a de seu filho ao Supremo.

Foram enunciados falando em ameaça “sem precedentes” de “limpeza”, de “expurgo”, e referências ao “slogan infame da ditadura de 1964-85”, Brasil, ame-o ou deixe-o.

‘HOW DEMOCRACIES DIE’

Na Bloomberg, “Versão em português de ‘Como as Democracias Morrem’ se torna o livro mais vendido da Amazon no Brasil”, tendo “disparado para o topo” em um mês.

Ouvido, o autor Steven Levitsky, de Harvard, afirmou que “os brasileiros estão preocupados com a democracia”. Mais precisamente, “estão preocupados com Bolsonaro”.

SÓ ELE

Sob o título “Economist está errada, Bolsonaro seria melhor para o Brasil do que Haddad” (abaixo), a revista The Washington Examiner, identificada com a direita americana, até admite que ele tem “impulsos autoritários” e está “longe de ser perfeito”, mas diz que seu opositor não pode receber “passe livre”. Argumenta que o petista “foi indiciado por procuradores por levar propina de uma empreiteira em São Paulo”.

Encerra dizendo que “a Economist está errada sobre Bolsonaro: Só ele oferece as reformas urgentes necessárias”.

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