Correspondente da Folha na Ásia
Wall Street segue com 'ironia' o vaivém de Paulo Guedes e BC no câmbio
Após declarações afirmando a flexibilidade, Banco Central intervém para tentar conter o dólar
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Ecoou por Washington Post, New York Times e outros, com agências, a menção de Paulo Guedes ao AI-5.
Mas a frase que concentrou mais a atenção, no exterior, foi ele “não estar preocupado com a queda da moeda ao recorde de baixa”, na chamada do Financial Times.
O jornal londrino, que um dia antes havia publicado editorial em defesa de Guedes, destacou a reação de um executivo da Fidelity International: “Quando você tem um ministro das finanças dizendo algo assim, ele está encorajando uma liquidação de moeda”.
O Banco Central, cujo presidente havia falado algo parecido, precisou intervir para tentar conter o dólar. E a Bloomberg ouviu então, de um executivo do Credit Suisse em Nova York, que “é muito irônico o BC atuar após os dois formuladores de política [financeira] do Brasil afirmarem a flexibilidade de câmbio”.
Já em argentinos como La Nación a desvalorização “recorde” do real causou "alarme", por “seu efeito na indústria, no turismo e na inflação” do vizinho.
NO CHILE
Com a imagem acima, a organização Coalition for Women in Journalism cobrou apuração da morte, a facadas, da fotojornalista Albertina Martínez Burgos, que vinha retratando a violência contra os protestos em Santiago, "especialmente contra mulheres".
Sublinha que "as suas fotos foram levadas".
LEVITSKY E O GOLPE
Steven Levitsky, professor de Harvard e autor do livro “Como as Democracias Morrem”, escreveu no NYT sobre “o golpe”, como define, na Bolívia.
"Se governos estrangeiros tomam partido, tolerando golpes que favorecem seus aliados, encorajam o retorno à violência e à instabilidade que os latino-americanos lutaram tanto para encerrar”, avisa.
SEM A ESQUERDA
O NYT tirou o impeachment das manchetes, ao longo da terça, e agora busca entender por que o processo vem dando errado, comparando os casos de Donald Trump e Richard Nixon.
Também o Wall Street Journal procura explicar, destacando que o processo foi dominado pelos “democratas de segurança nacional”, que “festejaram espiões e procuradores” e com isso alijaram “A Esquerda”.
Há um mês, destacou o WSJ, “a revista socialista Jacobin não publica um texto” contra Trump.
RACHA?
A revista Jacobin Brasil estreou nas bancas e livrarias na última semana, com referências históricas de esquerda na capa.
E logo explodiu um confronto em mídia social entre, supostamente, trotskistas e stalinistas, por um texto anterior de um dos colaboradores, sobre Hong Kong.
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