Correspondente da Folha na Ásia
Bolsonaro forma Aliança do Avestruz, diz Financial Times
Para jornal, 'quatro homens fortes se apartam enquanto o resto do mundo toma medidas drásticas para impedir propagação'
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Oliver Stuenkel, professor de relações internacionais da FGV, tuitou em inglês no sábado (11) sobre o que chamou de "The Ostrich Alliance", Aliança do Avestruz:
"Quatro governantes que continuam a negar a ameaça da pandemia à saúde pública: Jair Bolsonaro, do Brasil, Daniel Ortega, da Nicarágua, Alexander Lukashenko, de Belarus, e Gurbanguly Berdymukhamedov, do Turcomenistão."
Os mesmos quatro foram parar em seguida no editorial do Washington Post da segunda (13), intitulado "Líderes arriscam vidas ao subestimar o coronavírus. Bolsonaro é o pior".
E nesta quinta (16), com a fotomontagem acima e creditando Stuenkel, o Financial Times perfilou os quatro, usando a expressão Aliança do Avestruz como chamada na home page. Na legenda:
"Quatro homens-fortes se apartam enquanto o resto do mundo toma medidas drásticas para impedir a propagação da pandemia."
Sobre Bolsonaro, cita entre outras ações que ele "subestimou repetidamente o coronavírus como 'histeria' e —ecoando o presidente dos EUA, Donald Trump— elogiou o medicamento hidroxicloroquina como possível cura, ordenando que laboratórios militares aumentassem a produção".
CONSOLIDAÇÃO
Ao sair a queda de Luiz Henrique Mandetta, Stuenkel tuitou: "Ao se tornar o primeiro líder do mundo a demitir seu ministro da Saúde por adotar uma abordagem baseada em fatos para combater a pandemia, Bolsonaro consolida o Brasil na Aliança da Avestruz."
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