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Correspondente da Folha na Ásia

Merkel faz 'história' na Europa; Alemanha 'triunfa' pós-pandemia

Fundo para reconstrução europeia sai após concessões alemãs e pode 'aprofundar integração do bloco'

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Nos jornais alemães, como o financeiro Handelsblatt, o fundo de reconstrução da União Europeia foi saudado como "histórico". Mas os relatos não esconderam que saiu após "negociações duras" e concessões.

O Süddeutsche Zeitung, de centro-esquerda, falou em "vencedores que não parecem vencedores", referência à própria Alemanha da conservadora Angela Merkel.

Pelo mundo, manchete do Caixin ao Wall Street Journal, o foco foi no fundo "histórico", mostrando como as medidas podem "aprofundar a integração do bloco" europeu sob Merkel.

A chanceler alemã Angela Merkel põe sua máscara durante uma última discussão na cúpula europeia em Bruxelas, na Bélgica, em 21 de julho de 2020 - AFP

Antes mesmo da aprovação, o índice DAX da bolsa de Frankfurt já registrava a maior recuperação da história, segundo o Handesblatt .

E o estrategista-chefe do banco Morgan Stanley, o indiano Ruchir Sharma, publicava no New York Times que a Alemanha é "o país que vai triunfar no mundo pós-pandemia".

Não só pela resposta ao coronavírus, mas por "governo eficiente, baixa dívida e excelência industrial", que "protege as suas exportações" —em grande parte, para a China.

MAIS 'HISTÓRIA'

No dia anterior, manchete tanto do Caixin Global como do WSJ, além do econômico francês Les Échos, o grupo Ant de Jack Ma, de serviços financeiros como Alipay, anunciou lançamento de ações em Xangai e Hong Kong. "Ignorando Nova York", destacou o jornal americano, que projeta um IPO "entre os maiores da história".

SE TRUMP PERDER

O secretário Mike Pompeo, dos EUA, foi o destaque de terça em londrinos como Telegraph, agradecendo pelo anunciado banimento da Huawei.

Ao fundo, o Observer/Guardian já havia noticiado, ecoando pela Bloomberg, que "o governo britânico afirmou em particular ao gigante chinês que a decisão poderia ser revista no futuro, talvez se Trump não conseguir o segundo mandato".

TIKTOK NA CAMPANHA

No fim de semana, como revelou a NBC, o Facebook decidiu lançar nos EUA seu novo clone de TikTok, o Instagram Reels.

E a campanha de Trump, como noticiaram Bloomberg e outros, lançou comerciais pagos no Facebook (acima) e Instagram com a mensagem "Assine a petição agora para banir o TikTok" e o link.

Em entrevista no site Axios, Mark Zuckerberg, dono do Facebook e do Instagram, foi questionado sobre ter um acerto com Trump e falou: "Também ouvi essa especulação, então deixe eu ser claro: não existe nenhum tipo de acordo".

MAIS REVOLTA NA REDAÇÃO

O WSJ informa que "mais de 280 repórteres, editores e outros" do próprio jornal enviaram abaixo-assinado à direção questionando a seção de opinião.

"A falta de checagem e transparência e seu aparente desrespeito aos fatos minam a confiança de nossos leitores e a nossa capacidade de ganhar credibilidade com as fontes", escrevem, citando artigos que distorceram dados sobre pandemia e racismo.

POST VS. TIMES

Já o tabloide New York Post, do mesmo dono do WSJ, Rupert Murdoch, publicou que em meados do século 19 "a mãe do patriarca do NYT, Adolph Ochs ", antes de se casar, "provavelmente viveu" numa casa com escravos, quando morou com um tio. No título, "Família do NYT era dona de escravos".

A coluna critica os esforços do concorrente para ressaltar o papel do racismo na história americana.

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