Correspondente da Folha na Ásia
Conflitos 'por procuração' já se estendem da África ao Pacífico
Guerra Fria crescente opõe EUA a China e Rússia em países como Honduras, Ilhas Salomão, Congo, Paquistão e Etiópia
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A agência Reuters, hoje sediada nos EUA, chegou à reta final da eleição hondurenha com extenso perfil da favorita Xiomara Castro, que "ganhou proeminência quando seu marido, Manuel Zelaya, foi deposto por um golpe militar em 2009".
Ela defende socialismo democrático como "solução para tirar Honduras do abismo", enquanto o partido hoje no poder diz que "votar em Xiomara é votar no comunismo, no caos, no aborto". Na última semana, para além do palanque, o noticiário foi de Guerra Fria.
Xiomara quer estabelecer relações com a China, no lugar de Taiwan, mas "uma autoridade do Departamento de Estado" anônima avisou que "os EUA querem que o país mantenha as relações com Taiwan" —a maioria dos 15 países que o fazem é da América Central e Caribe.
Em resposta aos EUA, o "lobo guerreiro" Zhao Lijian, porta-voz da chancelaria chinesa, afirmou que "esse bullying não vai conquistar corações e mentes". Mas um assessor de Xiomara falou depois que ainda não há decisão tomada.
Noutro pequeno país, as Ilhas Salomão, no Oceano Pacífico, mais confronto "por procuração". Como destacado do New York Times à ABC australiana, em 2019 o governo estabeleceu relações com a China e agora uma das ilhas, que seguiu recebendo "ajuda" direta dos EUA e de Taiwan, atacou a capital.
Incendiou 15 prédios residenciais e 10 industriais no bairro chinês. A Austrália, aliada dos EUA, enviou "força de paz" supostamente a pedido —o que a ABC não confirma. Ataques a chineses vêm pipocando noutras partes, do Congo ao Paquistão.
ETIÓPIA TAMBÉM
No NYT, "dois anos após receber o Nobel da Paz", o primeiro-ministro etíope "promete liderar tropas contra rebeldes" já próximos à capital.
Outras reportagens, reunidas pelo site acadêmico The Conversation, mostram que o governo vem sofrendo sanções dos EUA, nos governos Trump e Biden. E que "o crescente antiamericanismo empurrou a Etiópia para laços militares e comerciais com a Rússia".
PAPEL DA MULHER
Destacado pelo agregador Google News, o site do Comando Sul dos EUA relatou a reunião da general Laura Richardson (acima), comandante das forças voltadas à América Latina, com o ministro bolsonarista Braga Netto. Ela veio tratar da "cooperação contínua" com as Forças Armadas brasileiras e do "papel da mulher".
SALTO NA EVOLUÇÃO
Em meio à alta de casos na Europa e EUA, suas manchetes se voltaram para o "alarme" com a "super cepa" que "toma o lugar da delta".
"Um salto na evolução", diz o NYT, anotando que "casos foram detectados em pessoas completamente vacinadas".
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