Siga a folha

Correspondente da Folha na Ásia

Descrição de chapéu toda mídia

Familiares de jornalistas mortos veem Biden 'desonrado' e 'abjeto'

Postura da Casa Branca sobre Abu Akleh e Khashoggi, mortos por Israel e Arábia Saudita, é criticada também nos EUA

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

A ONU e os americanos New York Times, Washington Post e CNN foram atrás e concluíram que a jornalista palestina Shireen Abu Akleh (abaixo, à dir.), da Al Jazeera, foi morta por tiro de militar israelense.

Mas o Departamento de Estado dos EUA soltou comunicado curto e, "em linguagem notavelmente vaga", segundo a Columbia Journalism Review, falou que "não há motivo para pensar que tenha sido intencional" e que não iria cobrar investigação criminal.

A família de Abu Akleh divulgou carta, destacada pela Al Jazeera, exigindo que Joe Biden renegasse o teor do comunicado e expressando "nossa dor, indignação e sentimento de traição em relação à resposta abjeta de seu governo".

Biden viajou em seguida para Israel e se negou a encontrar a família. Só foi citar a jornalista na passagem que fez pelos territórios palestinos: "Os EUA também sofreram perda. Era uma cidadã americana. Espero que seu legado inspire mais jovens".

Também a visita à Arábia Saudita foi precedida por manifestações sobre Jamal Khashoggi (acima, com Abu Akleh, reunidos em mídia social, via MediaTalks), morto pelo governo saudita.

De Hatice Cengiz, que era noiva de Khashoggi, em áudio para Biden: "Em breve o senhor visitará a Arábia Saudita, onde desonrará a si mesmo e a Jamal ao encontrar MBS. Se tiver que pôr petróleo acima de princípios, pode ao menos perguntar onde está o corpo de Jamal? Ele não merece um enterro?". Depois tuitou: "O sangue da próxima vítima de MBS está nas suas mãos".

Biden se encontrou na sexta (15) com MBS, como é chamado o ditador saudita, e saiu falando aos jornalistas que citou Khashoggi na conversa: "Eu indiquei [indicated] que achava que ele era" responsável. Adel al-Jubeir, o chanceler saudita, falou então aos jornalistas que "não ouviu Biden dizer ao príncipe que ele era o responsável".

No destaque da CJR, antes mesmo das novas declarações sobre Abu Akleh e Khashoggi, Biden usa "palavras vazias", traiçoeiras, de fuinha.

DE JOELHOS

Um dia depois de publicar artigo assinado por Biden, defendendo a viagem, o publisher do Washington Post, jornal em que Khashoggi era colunista, atacou o presidente americano.

Fred Ryan escreve que ele prometeu tornar a Arábia Saudita "pária" por razões eleitorais, na campanha, e visita o país agora por razões eleitorais, para baixar a gasolina. Por votos, foi a MBS "de joelhos".

AGORA VAI?

O Wall Street Journal noticiou há uma semana que o Google havia feito proposta ao Departamento de Justiça para conter ação contra o grupo, mas sem venda de empresas, como queria o órgão.

E a Bloomberg noticia agora (acima) que o departamento "se prepara para rejeitar" a proposta, "abrindo caminho para um processo antitruste sobre o domínio do Google no mercado de publicidade".

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas