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Correspondente da Folha na Ásia

Descrição de chapéu toda mídia

EUA querem 'girar' para a China, mas Ucrânia e Israel não deixam

NYT diz que Oriente Médio, 'como um vórtice, puxou de volta'; secretário de Estado promete 'correr e mascar chiclete'

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Em meio à reunião de chanceleres do G7 em Tóquio na quarta (8), Nikkei e a agência Kyodo confirmaram, citando uma autoridade americana anônima, o encontro dos líderes Joe Biden e Xi Jinping na próxima quarta, nos Estados Unidos.

E o secretário de Estado, Antony Blinken, questionado se estava "ocupado demais com os conflitos para manter seu giro" para a China, segundo o New York Times, respondeu: "Posso te afirmar que estamos, como diria, correndo e mascando chiclete ao mesmo tempo".

Foi a manchete do jornal, abrindo a quinta, "Ucrânia. Israel. A América pode apoiar duas guerras e ainda lidar com a China?" (imagem acima). No início do texto, "O giro prometido há tanto tempo estava finalmente ganhando impulso. Mas o Oriente Médio, como um vórtice, puxou Washington de volta".

Blinken e o secretário de Defesa, Lloyd Austin, vão agora rodar a região, para dizer que não. Mas devem encontrar, por exemplo, "a Indonésia, maior população muçulmana do mundo, cada vez mais indignada com os milhares de civis mortos na invasão de Israel".

O dilema vinha sendo levantado noutras partes, até com enunciados parecidos, como no South China Morning Post, "Conforme as guerras na Ucrânia e em Gaza avançam furiosas, poderão os EUA se dar o luxo de enfrentar a China?".

Analistas de linha realista da política externa americana, velhos defensores do giro para a China, soaram o alarme já em outubro. Estamos em apuros, lá no fundo, "deep kimchi", falou John Mearsheimer, da Universidade de Chicago, num think tank na Austrália, ecoando na Foreign Policy.

ISLÂMICOS

Jornais sauditas como Arab News, que voltaram a dar atenção para a guerra, e iranianos como Etemaad noticiam que Riad convocou uma "cúpula de nações islâmicas" para o fim de semana. O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, desembarca na capital da Arábia Saudita no domingo, a convite do príncipe Mohammed bin Salman.

'O QUE ESTAVAM FAZENDO LÁ?'

Por jornais israelenses como Yedioth Ahronot, "Organização questiona presença da mídia internacional nas cenas do massacre". Em mídia social do ministério do exterior, "AP, CNN, NYT e Reuters tinham jornalistas embedados com terroristas do Hamas".

Da HonestReporting, de Jerusalém, com a imagem acima: "O que eles estavam fazendo lá tão cedo? Foi coordenado com o Hamas? Será que os serviços de notícias aprovaram sua presença dentro do território inimigo, junto com os terroristas infiltrados?".

O Washington Post informou que CNN, Associated Press, Reuters e NYT "negaram conhecimento prévio do ataque, mas CNN e AP optaram por cortar relações com um dos freelancers, embora não tenham especificado por quê".

Segundo o WaPo, o NYT defendeu os fotógrafos que se arriscam por "relatos em primeira mão", dizendo: "Estamos seriamente preocupados que acusações e ameaças não fundamentadas a freelancers os ponham em perigo e prejudiquem trabalho que serve o interesse público".

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