Siga a folha

Marcelo Duarte é escritor, jornalista e, acima de tudo, curioso

Saiba como surgiu o brigadeiro e o que aconteceu com homem que inspirou o doce

Sobremesa foi batizada em homenagem ao brigadeiro Eduardo Gomes, candidato a presidente em 1945 e em 1950

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Assim como o futebol e o Carnaval, o brigadeiro é uma instituição nacional. O docinho, campeão de todas as festinhas, foi criado no Brasil no final da Segunda Guerra Mundial.

Era quase impossível arranjar ingredientes para fazer sobremesas. Por isso, a ordem era improvisar. Alguém resolveu misturar leite condensado e chocolate, e acabou criando o doce.

Brigadeiro em forminha rosa - Robson Ventura/Folhapress

Eu escrevi "alguém" porque há algumas diferentes versões sobre a criação do doce. São Paulo e Rio de Janeiro disputam essa primazia.


Quando foi que o doce ganhou o nome atual?

Ele foi batizado assim por causa do brigadeiro Eduardo Gomes, candidato à Presidência da República em 1945 e depois em 1950. Brigadeiro, no caso, é o nome de uma alta patente da Aeronáutica.

Durante a primeira campanha, a de 1945, um grupo de mulheres paulistanas começou a organizar festas para arrecadar fundos para o partido dele, a União Democrática Nacional (ou UDN). Vendiam docinhos de leite condensado e chocolate cobertos por uma camada fininha de açúcar. Ele passou a ser chamado de "preferido do brigadeiro" ou "docinho do brigadeiro", e depois apenas "brigadeiro".

Entre as mulheres, que votavam para presidente pela primeira vez no Brasil, o candidato-galã fazia tanto sucesso que ganhou até um slogan curioso: "Vote no Brigadeiro, que é bonito e é solteiro".

E ele acabou se casando?


Não. Eduardo Gomes morreu solteiro em 1981, aos 84 anos. Ele recebeu uma série de homenagens depois de sua morte. O aeroporto de Manaus tem seu nome e ele é o patrono da Força Aérea Brasileira. Estampou um selo em 1982.


Mas, afinal de contas, o brigadeiro ganhou a eleição?

Não. Eduardo Gomes perdeu as duas vezes. A primeira para Eurico Gaspar Dutra, e a segunda para Getúlio Vargas. Nós é que ganhamos o docinho.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas