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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Delegados da PF acusam Guedes e senadores de perseguição após previsão de congelamento de salário

Projeto prevê congelamento de salários e auxílios para servidores, mas excluiu funcionários da saúde e da segurança pública

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Texto aprovado no Senado neste sábado (2) do socorro federal a estados e municípios causou irritação na Polícia Federal.

O projeto prevê congelamento de salários e auxílios para servidores, mas excluiu funcionários da saúde e da segurança pública da medida.​

A PF ficou de fora, no entanto —apenas forças policias estaduais vão ser beneficiadas, caso o projeto passe do jeito que está na Câmara e seja sancionado pelo presidente da República.

Em comunicado interno, a ADPF (Associação de Delegados da Polícia Federal) falou em perseguição e disse ter informações de que Paulo Guedes (Economia) tenha sido o responsável pela exclusão, com apoio do Senado.

De última hora, as Forças Armadas entraram na lista de exceção, não havendo impedimento de eventuais aumentos à coorporacão nos próximos 18 meses.

Segundo parlamentares, não havia nenhuma previsão de inclusão dos militares e a expectativa era a de que a PF fosse contemplada.

“Segundo informações, o ministro Guedes não teria aceitado que a Polícia Federal estivesse incluída na proteção e teria vetado que os servidores da União tivessem tratamento similar aos dos demais entes. Ao passo que as Forças Armadas, que são federais, foram protegidas”, diz o comunicado enviado para associados da ADPF.

“Portanto, uma vez mais, a exemplo do que ocorreu na reforma da previdência, Guedes trata de forma inconstitucional os iguais de forma diferente. E, o que é mais lamentável, conta com o apoio do Senado. Por que essa perseguição aos servidores da Polícia Federal?”, acrescenta a entidade.

A ADPF pede aos policias associados que conversem com deputados na próxima semana, no sentido de convencê-los a mudar o texto.

O projeto foi aprovado pelo Senado no sábado (2) e vai para apreciação da Câmara. Se houver substituições, volta de novo para os senadores. Só após passar pelas duas Casas a medida será encaminhada para sanção.

“Não há qualquer justificativa para que servidores na mesma condição tenham tratamento diferente. Não há qualquer explicação para esse tratamento discriminatório dado à Polícia Federal. Ou há?”, termina o comunicado da ADPF.

A Polícia Rodoviária Federal também ficou de fora da lista de exceção.

Como mostrou a Folha neste domingo, políticos do centrão, do PT, integrantes do Judiciário estão unidos ao presidente Jair Bolsonaro em uma espécie de um movimento contra a Polícia Federal.

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