Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Comissão da Câmara que acompanha caso Carrefour ouvirá advogados negros sobre racismo estrutural

Silvio Almeida, Thiago Amparo e Adilson Moreira estão entre os convidados a apresentarem contribuições

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Em sua primeira reunião pública, marcada para esta sexta-feira (27), a comissão da Câmara dos Deputados que acompanha o caso da morte de João Alberto Silveira Freitas em loja do supermercado Carrefour ouvirá advogados e especialistas negros sobre racismo estrutural.

O coordenador da comissão é o deputado Damião Feliciano (PDT-PB), que chamou Orlando Silva (PC do B-SP) para organizar o primeiro encontro. Entre os convidados estão os advogados, professores e colunistas da Folha Silvio Almeida e Thiago Amparo.

Também foram chamados, segundo os organizadores, Adilson Moreira (professor e especialista em Direito Constitucional e Direitos Humanos), Sheila Carvalho (Coordenadora da Comissão de Direitos Humanos da OAB/SP), Adriana Cruz (juíza federal no RJ e professora), André Nicolitt (juiz), entre outros.

A juíza Adriana Cruz, no entanto, afirma que não chegou a ser convidada para o debate.

No dia 19 de novembro de 2020, João Alberto Silveira Freitas, 40, morreu após ser espancado por dois seguranças de uma loja do do supermercado Carrefour, em Porto Alegre. TV Folha/Reprodução

Em 14 de setembro deste ano, policiais brancos imobilizaram Roderick Walker em abordagem violenta no trânsito no condado de Clayton, na Geórgia, nos EUA. @AttorneyCrump no Twitter/

Debra Ray é consolada após falar em velório de seu sobrinho, Dijon Kizzee, um homem negro de 29 anos que foi morto por policiais com pelo menos dez tiros pelas costas após uma abordagem motivada por uma infração de trânsito. Getty Images/AFP/Mario Tama - 1º.set.20

Em 23 de agosto de 2020, Jacob Blake foi atingido pelas costas por sete tiros à queima-roupa disparados por um agente em Kenosha, no estado de Wisconsin, nos EUA, durante uma abordagem policial que ocorreu em frente a seus três filhos pequenos. Ben Crump no Twitter/

Motoboy é vítima de agressões verbais e racismo ao fazer entrega em condomínio de Valinhos, em São Paulo, em 7 de agosto deste ano; em vídeo, homem aparece dizendo que o entregador tem inveja de sua pele branca . Reprodução/

Cadeirante, Joshua Wilson foi agredido pela polícia durante protesto em Los Angeles em reação ao assassinato de George Floyd, em julho. 14.jul.20/Reprodução/

O jovem Gabriel de 19 anos desmaiou duas vezes após ser sufocado por policiais militares em Carapicuíba (Grande SP); ele foi abordado após a moto em que estava, que não tinha queixa de roubo ou furto, ter colidido contra a motocicleta de um policial em junho de 2020. Reprodução/Globonews/

Em 25 de maio de 2020, George Floyd morreu depois de ter sido algemado e ter o pescoço prensado contra o chão por aproximadamente nove minutos pelo joelho de um policial branco, em Minneapolis, no estado de Minnesota, nos EUA. AFP/

Em 23 de março deste ano, Daniel Prude, um homem negro, com problemas mentais, morreu asfixiado em Rochester, no estado de Nova York, após ter sido encapuzado e deitado com a cara no asfalto por policiais brancos. Departamento de Polícia de Rochester/AFP/

Em 13 de março de 2020, Breonna Taylor foi morta enquanto dormia quando três policiais à paisana entraram em seu apartamento e o namorado atirou neles, pensando se tratar de uma invasão, em Louisville, no estado do Kentucky, nos EUA. AFP/Arquivo pessoal

MTST (Movimento dos Trabalhadores sem Teto) protesta em frente a loja do supermercado Ricoy, onde um jovem negro de 17 anos foi mantido em cárcere privado, despido, amordaçado e chicoteado por furtar chocolate. Folhapress/Karime Xavier - 6.set.19

Em 16 de fevereiro de 2019, Pedro Henrique Gonzaga, 19, foi morto após ser imobilizado pelo segurança Davi Ricardo Moreira Amâncio, 32, um segurança do supermercado Extra, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Reprodução/

Em 15 de novembro de 2017, o ator Diogo Cintra foi espancado nas proximidades do terminal de ônibus Parque Dom Pedro 2º, no centro de São Paulo, após sofrer tentativa de assalto e pedir ajuda aos seguranças do local. Reprodução/Facebook/

Em 2017, homem foi torturado por seguranças terceirizados em uma loja do hipermercado Extra no Morumbi, em São Paulo; agressores amordaçaram a vítima com um fio de náilon, baixaram suas calças e aplicaram choques elétricos em suas mãos . Reprodução/

"A ideia é ouvir juristas negros, quadros muito qualificados, que podem apontar caminhos para elaboração de legislação que sirva para combater o racismo estrutural. É nós por nós!", diz Orlando Silva.

Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, deve abrir a reunião.

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