Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant
Aliados de Bolsonaro minimizam crise com militares e dizem que chance de ruptura é zero
Eles afirmam que estão todos apreensivos por causa da pandemia e que trocas são naturais
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Em meio à maior crise militar desde 1977, aliados do presidente Jair Bolsonaro no Congresso minimizam o caso e dizem que não há qualquer chance de ruptura institucional.
“É o momento psicológico que o mundo vive, todo mundo apreensivo, pandemia e tudo. Não tem nada disso”, diz Eduardo Gomes (MDB-TO), líder do governo no Congresso.
Ele lista uma série de trocas no Ministério da Defesa e nos comandos das forças nos governos Lula e Dilma Rousseff (ambos do PT), sem que isso tenha causado sobressaltos políticos.
Líder do PSL na Câmara, o deputado Major Vitor Hugo (GO) diz que foram mudanças naturais e que o risco de quebra democrática não existe. “Todo governo fez uma reavaliação após dois anos. É natural que ocorra numa pandemia, quando o governo tem que dar respostas rápidas e oportunas. O presidente tem a prerrogativa de fazer as trocas."
Em caráter reservado, aliados do presidente dizem também que generais não fariam uma intervenção para que um ex-capitão, Bolsonaro, mandasse.
Outros afirmam que a oposição está fazendo exatamente o que Bolsonaro quer: jogando gasolina sobre um suposto factoide, gerando assim engajamento para que fanáticos se aglomerem em frente a quartéis nesta quarta, 31 de março.
A cúpula do Congresso também minimiza a crise nos bastidores, em conversas com aliados. Rodrigo Pacheco (DEM-MG) falou sobre os acontecimentos em entrevista. Arthur Lira (PP-AL) não deu declarações.
Um projeto de lei apresentado por Major Vitor Hugo foi tomado como evidência de que há articulação para uma tentativa de ruptura por parte do governo. O texto prevê a ampliação dos poderes do presidente durante uma situação como a pandemia, inclusive com a convocação de civis e militares.
Ele diz que o projeto de lei já vinha sendo desenvolvido. "Crítica absurda, não é antidemocrático. A mobilização é para permitir que o presidente, por exemplo, identifique que vai faltar kit intubação e então, após solicitar autorização ao Congresso, possa redirecionar a produção para um lugar do território nacional. Para reforçar a logística."
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