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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Ministério da Saúde corre risco de perder R$ 2,9 bilhões de emendas de relator

Valor não empenhado tem que ser executado até o fim do ano; no entanto, STF suspendeu execução

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O Ministério da Saúde ainda tem R$ 2,9 bilhões a serem empenhados referentes a emendas de relator, que ficaram conhecidas pelo código RP 9. Esse valor será perdido, ou seja, não virará investimento na área, caso não seja executado até o fim do ano.

No entanto, a execução desse tipo de emendas foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal, que cobra mais transparência na tramitação. Os R$ 2,9 bilhões representam 38% dos R$ 7,5 bilhões em emendas RP9 da pasta de Marcelo Queiroga.

Dos R$ 4,6 bilhões já empenhados, R$ 3,4 bilhões foram pagos. Deputados que criticam a decisão do STF argumentam que seria possível aprimorar a transparência sem gerar desassistência com bloqueio das execuções.

Em seu voto contrário à suspensão, Gilmar Mendes apresentou argumento similar. O ministro argumentou que suspender a execução dos pagamentos seria "mais prejudicial aos bens jurídicos tutelados do que o próprio estado de inconstitucionalidade subjacente ao manuseio das emendas do relator".

O tema foi discutido na sexta-feira (19) em reunião do Conselho Nacional de Saúde, órgão vinculado ao Ministério da Saúde e responsável por fiscalizar políticas do setor.

"[A Saúde] precisa de financiamento próprio e não de favor de político, para que ela seja usada de barganha pelo parlamento ou quem quer que seja", afirmou Moyses Toniolo, conselheiro.

"Numa situação em que a gente tem milhares de pessoas ainda com Covid, sequelados pela doença e sem condições de acessar o sistema porque os serviços não foram executados, isso responde pela desassistência", disse Suely Barrios, conselheira.

Jorge Ramos, da Subsecretaria de Planejamento e Orçamento do Ministério da Saúde, afirmou na reunião que a gestão da pasta, diante das emendas de relator, é limitada, "uma vez que o andamento da execução é dos próprios parlamentares".

Plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília - Pedro Ladeira-25.mar.2020/Folhapress

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