Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant
Governo derrapa em publicação de agendas de ministros e promete atualização
Página com atividades de titular do Turismo chegou a ficar em branco; CGU diz trabalhar por soluções
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Agendas de ministros do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) têm ficado sem a publicação obrigatória na internet ou sido atualizadas de forma incompleta.
O caso mais emblemático é o de Daniela Carneiro (Turismo), cuja lista de compromissos oficiais estava indisponível até a tarde desta segunda-feira (23) —a página foi preenchida após questionamento do Painel.
A CGU (Controladoria-Geral da União), que cuida do assunto e criou uma ferramenta para concentrar todas as agendas do governo, culpa a "atual reestruturação administrativa" pelas falhas e diz que "vem trabalhando intensamente" para auxiliar os novos órgãos e autoridades públicas a usarem o sistema e-Agendas. Pelas novas regras, a inscrição "despachos internos" não precisa mais ser informada.
Suspeita de elos com milicianos no Rio de Janeiro e mantida na Esplanada por Lula, Daniela teve desde o início do mês encontros com deputados e outros políticos, reuniões com a equipe do ministério e conversas com representantes de outros países e de entidades do setor.
A assessoria do Turismo afirmou que, "em função de mudanças na estrutura administrativa, houve a necessidade de readequação de processos cadastrais no sistema de publicações". Também disse que a agenda já "estava em processo de cadastro" quando a pasta foi procurada.
O e-Agendas ainda não foi integralmente atualizado e conserva entre as opções de busca órgãos que existiam no governo Jair Bolsonaro (PL) e foram reformulados ou extintos, como o Ministério da Cidadania. Em outro exemplo, Silvio Almeida aparece nos registros como titular do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos —nome anterior da pasta, que era liderada por Damares Alves.
Segundo a CGU, os esforços para "garantir a efetiva implementação do sistema" no Executivo federal incluíram o envio de comunicados oficiais aos órgãos e a divulgação de material sobre as normas introduzidas por um decreto de 2021, além da criação de uma central de atendimento.
A agenda do próprio ministro da CGU, Vinícius Carvalho, tem apresentado instabilidades. Compromissos dele na terça (17) e quarta (18) só foram adicionados depois que aconteceram. A legislação permite que atividades que não estavam previstas possam ser incluídas em até sete dias.
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