Siga a folha

Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Declaração de presidente do PSB sobre federação gera mal-estar no partido e no PT

Carlos Siqueira disse à Folha que instrumento teria dificuldade de ser aprovado na sigla e é contestado por senador e governador

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

A declaração do presidente do PSB, Carlos Siqueira, à Folha, de que uma federação com o PT teria dificuldade de ser aprovada no partido nos termos atuais da negociação gerou mal-estar e provocou reações na própria legenda e entre petistas.

Ao Painel, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB-PE), diz que a maior parte do partido apoia a ideia da federação, em sentido contrário à fala de Siqueira.

"Apoio a federação e o governador Flávio Dino (Maranhão) também. Há uma maioria de diretórios estaduais a favor, em torno de 17", afirma Câmara.

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB). - Hélia Scheppa/SEI

No PT, houve forte incômodo com a declaração de Siqueira. O senador Humberto Costa (PT-PE) afirma que a fala do presidente do PSB desagrega as siglas que trabalham para formar a união, que também é discutida com o PC do B e o PV.

"Se o PSB considera que não é possível [fechar a federação], o PT pode muito tranquilamente disputar as eleições com uma federação menor", diz.

O senador Humberto Costa (PT-PE) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em reunião do diretório nacional do PT. - Zanone Fraissat/Folhapress


Costa também reclama da cobrança de "reciprocidade" que Siqueira fez com relação ao PT.

"Não cabe a colocação de que não há reciprocidade. Entendemos que o PT fez um gesto muito grande no que diz respeito a Pernambuco [ao abrir mão da candidatura do senador para apoiar o candidato do PSB]. Eu estava em primeiro lugar nas pesquisas", avalia.

O senador avalia que isso deve ser levado em consideração na negociação sobre outros estados. Diz ainda que os estados onde o PSB apoiará candidatos a governador do PT —Bahia, Piauí, Sergipe e Rio Grande do Norte— são locais em que os pessebistas não teriam candidatura própria.

"Não podemos aceitar essa forma pouco respeitosa com que tem sido tratada a demanda do PT em São Paulo. Respeitamos a demanda do PSB, mas quem tem condição de ganhar a eleição no nosso campo é o [Fernando] Haddad (PT-SP)", continua Costa.

O parlamentar ainda reclama do fato de Siqueira ter dito que é "provável" que o PSB vai apoiar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e não ser categórico de que se aliará ao petista.

"Isso é uma coisa que tinha que estar declarada. [Se não for possível ter o apoio], nós podemos rediscutir os acordos [nos estados], o que a gente já abriu mão."

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas