Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant
Campanha no Twitter quer impedir exibição de filme da Brasil Paralelo em universidade
Filme de produtora conservadora sobre padrões de beleza tem sessão marcada no Paraná
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Uma campanha no Twitter tenta impedir a exibição de um documentário produzido pela produtora de vídeos conservadora Brasil Paralelo na Universidade Federal do Paraná (UFPR), na noite desta quinta-feira (3).
A produção chama-se "O Fim da Beleza" e discute o que vê como a decadência dos padrões artísticos no Brasil e no mundo.
No Twitter, o perfil "Brasil Para Lerdos", dedicado a criticar a produtora, pediu que a veiculação do filme seja vetada pela instituição de ensino.
"É inadmissível este tipo de conteúdo sendo propagado em universidades públicas. Conto com vocês para compartilhar e pressionar para impedir essa exibição", pediu, em postagem na noite de quarta-feira (2), que teve mais de 300 compartilhamentos.
Acusado de defender a censura, inclusive por pessoas que não se definem como conservadoras, o perfil fez nova postagem se justificando na manhã de quinta (3).
"Não se trata de uma exibição para trazer discussão sobre o tema. É um momento de propaganda de uma produtora de extrema direita", escreveu.
A produtora tem procurado mostrar o documentário em escolas e faculdades, e já realizou exibições em São Paulo, Brasília e Itapetininga (SP). Deve ainda haver sessões em Bahia e na capital paulista.
Lucas Ferrugem, um dos sócios da produtora, afirmou que "um filme que critica o autoritarismo está sofrendo tentativa de censura".
"É um documentário com a presença de acadêmicos nacionais e internacionais, de ampla reputação e com uma bibliografia extensa. Logicamente estamos abertos a críticas, mas a universidade brasileira precisa aprender a dialogar em vez de tentar proibir", declarou.
Surgida em 2016, a Brasil Paralelo vive crescimento meteórico, aproveitando a onda de direita dos últimos anos.
Ela tem se destacado por produzir documentários com viés conservador, muitas vezes alinhado às ideias do governo Jair Bolsonaro (PL), embora diga ser independente e não receber dinheiro público.
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