Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant
Comitês populares pró-Lula lançam plano de 'luta comunicacional'
Movimentos falam em produzir conteúdo sobre 'experiência do povo' e brigar por espaço com bolsonaristas
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Em encontro na última semana, comunicadores ligados a movimentos populares que apoiarão Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022 debateram e elaboraram um plano de comunicação tendo as disputas de outubro em vista, com foco na eleição do ex-presidente.
Esses comunicadores fazem parte das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que são compostas por mais de 100 organizações, como partidos (PT, PCdoB e PSOL), movimentos populares (MST e MTST), centrais sindicais (CUT, CTB e Intersindical), entidades estudantis (UNE), organizações de comunicação e cultura.
A proposta da chamada Central de Mídia das Frentes é a de constituir uma estratégia de comunicação paralela e complementar à da estrutura oficial da campanha do petista.
Um documento produzido no encontro, batizado de "Carta de Guararema", pelo fato de a reunião ter ocorrido em escola do MST na cidade do interior de São Paulo, elenca os principais pontos delineados pelas frentes.
"Essa luta só poderá alcançar seus propósitos se entendermos a comunicação como uma dimensão estruturante da batalha", diz o texto. Em outro trecho, ressalta "a importância existencial da luta comunicacional."
Um dos pontos destacados é o de produzir conteúdo alicerçado "na experiência viva de nosso povo", construir "uma imensa rede de militantes e ativistas capazes de emocionar o povo com narrativas feitas daquela matéria-prima delicada que é a esperança em uma vida plena, digna, protegida por direitos."
"O que emergirá das ruas e das redes, com esses comunicadores falando com distintos sotaques, usando diferentes gírias, fotografando com o celular que se tem à mão, registrando a resistência e a luta popular e divulgando pelas nossas redes, será muito mais potente e verdadeiro do que a farsa apresentada todos os dias pela mídia corporativa", continua a carta.
Para além do conteúdo dos materiais, que devem ter essa faceta denominada "popular", a carta convoca os membros das frentes à ocupação de todos os espaços de comunicação, não apenas as redes sociais.
"Vamos ocupar as ruas, redes, vielas, florestas, campos e matas, disputando ideias e votos que serão essenciais para a transformação do país. Não há espaço para hesitações. É hora de exercitarmos nossa criatividade, usando todas as ferramentas e meios de comunicação possíveis para dialogar com o povo", acrescenta o texto.
A carta chama a atenção para o fato de que 33 milhões de pessoas não têm acesso à internet no Brasil. Por isso, a briga por espaço deve estar presente no rádio, na TV, em páginas de jornais populares, fanzines, cordéis, muros e cartazes.
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