Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant
Adversário leva operação contra governador de AL à propaganda de TV
Rodrigo Cunha pretende explorar ação da PF contra Paulo Dantas
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
A campanha do senador Rodrigo Cunha (União), candidato ao governo de Alagoas, reuniu-se de forma emergencial para redesenhar a estratégia e levar à propaganda de rádio e TV ainda nesta terça-feira (11) o afastamento do governador Paulo Dantas (MDB) do cargo.
A pedido da PF (Polícia Federal), Dantas foi afastado do governo por 180 dias ao ser alvo de uma operação autorizada pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Segundo investigadores, os fatos apurados são da época em que Dantas era deputado estadual e também do período em que já ocupava o cargo de governador. Entre as suspeitas está a prática de uso de funcionários fantasmas em seu gabinete.
O programa de Rodrigo Cunha explora o conceito de "exaustão" com casos de corrupção, com uso de imagens do dinheiro apreendido nos cofres do governador, carros da PF que executaram a operação e manchetes dos jornais nacionais, com um tom mais pesado contra o governador.
O senador Renan Calheiros (MDB), que apoia Paulo Dantas, acusou a ministra do STJ Laurita Vaz, que autorizou a operação, de ser bolsonarista. Ele havia enviado um ofício em 5 de outubro ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pedindo a troca da superintendência da PF no estado, a quem chamou à colunista Mônica Bergamo de "Gestapo".
A coligação de Paulo Dantas, que reúne além do MDB e do PT outros seis partidos, emitiu nota na qual afirma que a operação é suspeita, realizada a três semanas do segundo turno, por fatos referentes a 2017. "O uso político do aparato policial é tão claro e evidente que a operação espetaculosa acontece dois dias antes da anunciada presença de Lula em um ato de campanha em Maceió", registra o documento.
A nota faz referência ainda à suposta ingerência política no comando da PF local revelada pela Folha. O governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) barrou a tentativa da cúpula do órgão de mudar o então superintendente Sandro Valle Pereira pelo delegado Marcelo Werner. Em agosto, acabou assumindo a delegada Juliana de Sá Pereira.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters