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Editado por Guilherme Seto (interino), espaço traz notícias e bastidores da política. Com Danielle Brant

PT vai entrar contra diretor da PRF no Ministério Público por blitze em transporte público

Silvinei Vasques não tem foro e pode responder na Justiça comum por descumprir decisão judicial

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A campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai representar contra o diretor-geral da PRF (Polícia Rodoviária Federal), Silvinei Vasques, no Ministério Público, pela atuação da corporação neste domingo (30) envolvendo transporte público de passageiros nas eleições.

De acordo com o senador Humberto Costa (PT-PE), a denúncia será protocolada nesta segunda-feira (31) na Procuradoria do Distrito Federal, já que o diretor não tem foro privilegiado. Os apoiadores de Lula apontam indícios de crime eleitoral, descumprimento de decisão judicial e abuso de autoridade.

"Ele vai ter que responder judicialmente e ao Ministério Público por todas essas ações criminosas", afirma Costa.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em reunião do diretório nacional do PT ao lado do senador Humberto Costa (PT-PE) (Foto Zanone Fraissat/Folhapress) - Zanone Fraissat/Folhapress

Para o senador, a atuação da PRF nestas eleições evidencia "um sentimento de desespero" pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) diante da possibilidade de perder as eleições. "Esse governo nada tem de democrático. É um governo autoritário e ditatorial, porque quem tenta evitar que o povo vote é ditador", diz.

Ele relatou que em Pernambuco as ações da PRF aconteceram logo pela manhã, mas já tinham sido retiradas no início da tarde. A campanha não tem um mapa para avaliar a extensão do dano aos votos de possíveis eleitores de Lula, mas Humberto acredita que a ação pode acabar estimulando as pessoas a saírem para votar.

No Piauí, houve oito bloqueios ilegais da Polícia Rodoviária Federal, segundo o governador eleito do Piauí, Rafael Fonteles (PT).

"Chegaram a nós relatos de bloqueios no norte e no sul do estado. Cada um dele é como se fosse uma blitz, mandam as pessoas descerem, revistam. Isso é muito acima da média normal", disse Fonteles.

O governador eleito afirmou que conversou com o presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí, desembargador Erivan Lopes, e o superintendente da PRF no estado, Paulo Nunes Moreno, para que os bloqueios fossem encerrados. Isso ocorreu no começo da tarde, segundo ele.

A princípio, afirmou Fonteles, não há necessidade de extensão no prazo de votação, se o fluxo dos eleitores for liberado.

O Piauí é o estado brasileiro em que Lula teve a maior votação proporcionalmente, com 74% do total.

No Rio Grande do Norte, de acordo com o senador Jean Paul Prates (PT-RN), há relatos de bloqueios da PRF em seis municípios: Apodi, João Câmara, Campo Redondo, Campo Grande, Paraú, Ceará-Mirim. "Dia de eleição não é dia de montar blitz para verificar pneu careca. Quem mora no interior, mora na zona rural, que usa um carrinho velho, ou que pode estar com a habilitação vencida, fica com medo e não vai votar. Pode ter certeza, para cada eleitor parado, outros cinco foram avisados e não saíram de casa", diz.

Jean Paul acredita, no entanto, que as operações não serão suficientes para alterar de forma significativa as eleições. Mas caso haja necessidade, vê a possibilidade de pedir a cassação da chapa de Jair Bolsonaro.

Como mostrou a Folha, a PRF descumpriu ordem judicial do ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, de não realizar operações que envolvam o transporte público de passageiros.

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