Embora redes sociais e plataformas de pagamento de impulsionamento de conteúdo liderem o ranking de empresas fornecedoras das eleições de 2022, a publicidade por materiais impressos representou o maior gasto de campanha dos candidatos.
Enquanto as despesas com a propaganda online se concentram em poucos prestadores de serviço, as de material impresso foram pulverizadas entre 183.602 estabelecimentos e ultrapassaram a marca de R$ 1 bilhão.
Ao todo, os postulantes de cargos eletivos deste ano gastaram R$ 88 milhões com o Facebook, de acordo com as informações prestadas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) até o início da tarde deste domingo (30).
Quem mais desembolsou com a plataforma foi o presidente Jair Bolsonaro (PL) – R$ 2,6 milhões em 17 repasses. Em segundo lugar vem Simone Tebet (MDB), com R$ 1,9 milhão. Completam o top 5 o governador eleito do Ceará, Elmano de Freitas (PT), com R$ 1,6 milhão, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), com R$ 1,2 milhão e o senador Alexandre Silveira (PSD-MG), com R$ 920,9 mil.
O segundo maior fornecedor foi outra plataforma digital, o Google. Ao todo, 3.418 candidatos destinaram R$ 71,9 milhões a ela. Neste caso, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi o campeão, com R$ 10,4 milhões. Ele é seguido por Bolsonaro, com R$ 4,5 milhões e Ciro, com R$ 3,3 milhões.
Os gastos podem ser ainda maiores, já que os fornecedores seguintes no ranking são plataformas de pagamento usadas como intermediárias para impulsionamento de conteúdo online.
A Dlocal Brasil Instituição de Pagamentos S.A. recebeu R$ 51 milhões de 7.438 candidaturas, sendo Roberto Cláudio, ex-candidato do PDT ao governo do Ceará, o o maior pagador, com R$ 1,5 milhão, e Lula o segundo, com R$ 1,2 milhão.
Já a Adyen do Brasil Instituição de Pagamentos recebeu R$ 33 milhões. Célio Studart (PSD-CE) e Marcel Queiroz (PP-RJ), candidatos a deputado federal, gastaram respectivamente R$ 990 mil e R$ 394,8 mil. Candidato ao governo de São Paulo, Fernando Haddad (PT-SP) desembolsou R$ 360 mil, ficando em terceiro lugar.
Somadas, as quatro plataformas representam 4,88% do que foi gasto nas eleições deste ano. Já publicidade por materiais impressos equivale a 8,83% de todas as despesas, com R$ 1.009.919.872,80. É o segundo maior grupo de despesa, ficando atrás, somente, da doação para outros candidatos.
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