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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Descrição de chapéu transição de governo

Governo será difícil e precisará de muito tricô, diz auxiliar de Lula

Clara Ant, que lança livro sobre trajetória do presidente eleito, afirma ser a primeira vez que atores tão diferentes se unem com propósito comum

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Brasília

Uma da auxiliares mais próximas do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a arquiteta Clara Ant afirma que a união de forças divergentes na frente ampla que o elegeu pode contribuir para o Brasil ter o melhor governo de sua história.

"Esse governo vai ser muito difícil. Vai precisar ter um tricô todos os dias, em todas as áreas. E ele pode, não estou dizendo que vai, pode ser o melhor governo que o Brasil já teve. É a primeira vez que se unem todas essas forças dispostas a fazer dar certo, porque não podem entregar o país para o fascismo de novo", analisa.

"Divergências, visões diferentes não são problema. O problema é ter uma força que quer tratorar as outras. Vai ter briga, mas vão brigar como gente grande", projeta, fazendo referência ao presidente Jair Bolsonaro (PL).

Clara Ant, assessora da Presidência da República nos governos Lula - Clara Ant no Facebook

Clara vai a Brasília nesta sexta-feira (25) fazer o lançamento de seu primeiro livro: "Quatro décadas com Lula: o poder de andar junto", da Autêntica Editora, que já vai para a sua primeira reimpressão. O evento acontece às 17h30 no Brasília Palace Hotel.

A arquiteta destaca alguns aspectos que diferenciam esta eleição de Lula e a primeira, em 2002. Segundo ela, da primeira vez, os demais candidatos respeitavam a Constituição e as regras do jogo. Deste vez, analisa, há um processo que vem ao longo de quatro anos de valorizar a violência e desrespeitar as instituições que não cessou, com os contínuos questionamentos à urna eletrônica, por exemplo.

O outro é a divisão do país que, de acordo com a sua percepção, é intencional e provocada. "Eu acho que o país foi dividido. É diferente de dizer que está dividido. Foi divido propositalmente por pessoas que defendem a ignorância, que defendem a morte, que defendem armas, que são contra livros", sustenta.

Ao longo das 400 páginas de seu livro, Clara narra sob a sua ótica os primeiros anos da luta sindical no Brasil, o nascimento da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e do PT, e os primeiros governos de Lula. Ela conta que decidiu escrevê-lo em 2017, antes portanto de sua prisão, quando, segundo ela, houve um processo de desmerecimento da trajetória do petista.

Para quem não a conhece, Clara afirma que tenta transmitir com o livro que há um fio condutor desde o início da vida política de Lula que é a capacidade de ouvir e a atenção ao sofrimento humano. Isso se expressa na luta contra a fome, e na preocupação, por exemplo, com moradia.

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