Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant
Dimas Covas usou placas especiais de carro sem aval, e Governo de SP não sabe de onde vieram
Atitude do então presidente do Instituto Butantan gerou desgaste junto à gestão estadual
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Um dos episódios que geraram incômodo no Governo de São Paulo com Dimas Covas durante seu período como presidente do Instituto Butantan foi o de quando ele passou a usar placas com aparência de oficiais em seus carros sem autorização da administração estadual, que até hoje não sabe dizer a origem delas.
O uso de placas especiais confere benefícios, como escapar do rodízio, e o governo só as entrega para secretários, governador, vice-governador e procurador-geral.
Covas recebeu uma placa oficial por período limitado na pandemia e teve de devolvê-la. As placas que têm aparência de oficiais, mas não foram autorizadas, possuem outra numeração, 204 e 205.
O Instituto Butantan diz que as placas 204 e 205 foram usadas temporariamente e que foram substituídas pela concedida pelo Governo de São Paulo.
Segundo o instituto, a placa 22, que foi cedida pela administração estadual, foi utilizada para facilitar o deslocamento durante tratativas e reuniões referentes à compra e distribuição da Coronavac e também durante o Projeto S, realizado na cidade de Serrana, que tinha como objetivo vacinar toda a população do município para comprovar a eficácia do imunizante.
Com o evolução do Projeto S e a estabilização na distribuição de vacinas, a placa não foi mais necessária, afirmam.
David Uip, secretário de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde, que era o chefe de Covas, diz que não sabia das placas e que ele mesmo não as usa, por ser contrário, ainda que tenha direito.
Ele afirma que não usa nenhum recurso do Governo de São Paulo e que sua secretaria, por ser propositiva, tem baixa demanda de deslocamento. Uip assumiu a pasta em maio de 2022, ou seja, após a substituição das placas, segundo a cronologia estabelecida por Covas.
Gastos da fundação vinculada ao Instituto Butantan com contratos sem licitação, obras e altos salários levaram a um desgaste da relação entre a cúpula do Butantan e a gestão de Rodrigo Garcia (PSDB), além de questionamentos por parte do TCE (Tribunal de Contas do Estado), como mostrou a Folha. Dimas Covas deixou o comando do instituto, mas continua na Fundação Butantan.
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