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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Responsável por preservar patrimônio danificado por golpistas, Iphan está acéfalo há uma semana

Órgão ainda não fez avaliação dos prejuízos causados por golpistas neste domingo

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Brasília

O Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), órgão responsável pela preservação do patrimônio brasileiro, está acéfalo há uma semana. A presidente do instituto, Larissa Peixoto, foi exonerada na terça-feira passada (3) e o substituto ainda não foi nomeado.

Técnicos verificam a tela "Mulatas", pintada em 1962 por Di Cavalcanti, que foi furada pelos golpistas durante invasão ao Palácio do Planalto no domingo (8). (FOTO Gabriela Biló /Folhapress) - Folhapress

Servidores do órgão garantem que ele está funcionando em regime de "transição", somente com o corpo técnico, e sem prejudicar as atividades.

Até o momento, o Iphan ainda não fez a avaliação dos prejuízos causados pelos atos de vandalismo que golpistas protagonizaram neste domingo (8). Segundo informações, eles ainda aguardam as autoridades liberarem a ida dos técnicos.

Estava prevista uma reunião para a tarde desta segunda-feira (9) com a ministra da Cultura, Margareth Menezes, órgão ao qual o Iphan é subordinado, para novas orientações.

Os golpistas danificaram um relógio trazido ao Brasil em 1808 por dom João 6º, o vitral "Araguaia", de Marianne Peretti, e a tela "Mulatas", pintada em 1962 por Di Cavalcanti. O governo estima que só o trabalho de Di Cavalcanti, o mais importante do Salão Nobre do Palácio do Planalto, está avaliado em R$ 8 milhões.

Além disso, a obra "Bandeira do Brasil", de Jorge Eduardo, de 1995, foi encontrada boiando na água que inundou o térreo do Planalto. No terceiro andar do prédio, "O Flautista", de Bruno Giorgi, e "Galhos e Sombras", de Frans Krajcberg, também foram vandalizadas. Os golpistas ainda desenharam um bigode semelhante ao de Adolf Hitler num quadro que retrata José Bonifácio.

O Iphan entrou no rol de negociações do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a composição política da base de sustentação. O instituto chegou a ser oferecido para o PV, mas o acerto não avançou.

Larissa Rodrigues Peixoto Dutra tem laço de amizade com a família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ela se casou em 2013 com Gerson Dutra Júnior, mais conhecido como Patropa, agente da Polícia Federal que trabalhou na segurança de Bolsonaro em 2018. Desde então, Dutra é próximo de Leonardo de Jesus, o Leo Índio, primo dos filhos do presidente

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