Editado por Guilherme Seto (interino), espaço traz notícias e bastidores da política. Com Catarina Scortecci e Danielle Brant
Líder integralista assume mandato de deputado federal
Paulo Fernando Melo da Costa é figura de referência do movimento de extrema direita
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Paulo Fernando Melo da Costa, líder integralista filiado ao Republicanos, foi diplomado deputado federal no Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal na segunda-feira (27). Suplente de Júlio César Ribeiro (Republicanos), ele assume o cargo com a ida do titular para a Secretaria de Esportes do DF.
O integralismo é descrito por estudiosos como um movimento de extrema direita de inspiração fascista criado por Plínio Salgado em 1932, dois anos após encontro com Benito Mussolini na Itália, caracterizado por um nacionalismo autoritário, pela defesa de valores religiosos e tradicionais e pela rejeição da democracia liberal.
Costa é reconhecido há anos por publicações integralistas como uma figura de referência do grupo. Ele trabalhou como secretário-adjunto e assessor especial no Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos na administração da atual senadora Damares Alves (Republicanos-DF), que fez campanha para o amigo. A Frente Integralista Brasileira incluiu Costa e também Damares em sua lista de recomendação de votos em 2022.
Em entrevista ao Painel no ano passado, Costa disse ser um "integralista adaptado ao século 21, e não da década de 30, que não faz nenhum sentido."
"Sou adepto à trilogia que o integralismo defende : 'Por Deus, pela Pátria e pela Família', a que o [então] presidente Bolsonaro, o PTB e o Republicanos acrescentaram liberdade", complementou.
"Sou um advogado conhecido pelo trabalho pró-vida. Posições firmes", afirmou, descrevendo-se como um patriota no século 21.
Costa disse que fez parte da direção da Frente Integralista Brasileira no DF no passado e foi diretor da Casa de Plínio Salgado, fundada pela viúva de Plínio Salgado, Carmela Salgado.
O agora deputado disse que o integralismo apareceria em sua pauta político-partidária por meio dos "princípios e valores apregoados pelos intelectuais integralistas no passado como Dom Hélder Câmara, Vinicius de Moraes, Miguel Reale, Gustavo Barroso dentre outros inspirado no primeiro mandamento bíblico ser um soldado que ama a Deus sobre todas as coisas, um sentinela da Pátria que zela por ela e um defensor da vida e da família". O religioso e o poeta renegariam suas passagens pelo integralismo anos depois.
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