O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) não enviou representante para a primeira audiência pública na Câmara dos Deputados para tratar da privatização da Sabesp, tema considerado prioritário pela gestão estadual. Nesta terça-feira (17), o governador enviou para a Assembleia Legislativa de São Paulo o projeto de lei em que pede autorização para a desestatização.

A audiência desta quarta-feira (18), em Brasília, acontecerá por requerimento do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), vice-presidente da Comissão de Desenvolvimento Urbano. Natália Resende, secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do estado de São Paulo, foi convidada, mas disse que não poderá comparecer.

O encontro desta quarta será a primeira audiência a respeito do assunto na Câmara dos Deputados.

A gestão Tarcísio tem dito que a privatização vai gerar ganhos de eficiência e produtividade na Sabesp no médio e longo prazo, e que o uso dos recursos obtidos na desestatização para financiar investimentos e o aumento de eficiência vão viabilizar a redução tarifária de maneira perene e o cumprimento mais rápido das metas de universalização do saneamento.

A oposição, por sua vez, afirma que a Sabesp não é deficitária e mostra capacidade de cumprir as metas de universalização do saneamento até 2033, conforme o Marco Legal do Saneamento.

Além disso, critica a estratégia de utilizar recursos da venda da empresa para redução da tarifa após a desestatização, vista como um artifício da gestão estadual para passar a impressão de sucesso da processo enquanto drena os recursos da privatização.