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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Governo Tarcísio afasta major alvo de operação da Polícia Federal que mira trama golpista

Nomeado na Prodesp, Denicoli é apontado como integrante de núcleo de desinformação pró-Bolsonaro

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São Paulo

O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) afastou o major da reserva Angelo Martins Denicoli do cargo de assessor especial da Prodesp, empresa de tecnologia da gestão estadual. O militar foi um dos alvos da operação da Polícia Federal que mira suposta tentativa de golpe para manter Jair Bolsonaro (PL) na Presidência.

Denicoli reside em Colatina, no Espírito Santo. Ele foi alvo de mandado de busca e apreensão, teve o passaporte retido e foi proibido de se ausentar do país e de manter contato com os demais investigados, inclusive por meio de advogados.

Em nota, a Prodesp confirma que afastou Denicoli e afirma que "adota regime de teletrabalho para os colaboradores que atuam na área de tecnologia da informação".

Major da reserva Angelo Denicoli, alvo da operação da Polícia Federal - Reprodução-19.mai.2020/Facebook

Uma das frentes da decisão em que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes autorizou busca e apreensão contra o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, cita as lives contra as urnas do influenciador argentino Fernando Cerimedo e Eder Balbino, sócio de uma empresa em Uberlândia que colaborou com a equipe contratada pela sigla para auditar o processo eleitoral.

A ordem de Moraes diz que a investigação sinalizou a "existência de relação do major Denicoli com Fernando Cerimedo, no sentido de disseminar desinformação sobre" o sistema de votação brasileiro.

Logo após a vitória de Lula (PT) contra Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleições, Cerimedo passou a fazer lives e publicações que tiveram grande alcance alegando que as eleições brasileiras teriam sido fraudadas.

Balbino e Denicoli são apontados como integrantes do núcleo de desinformação e ataques ao sistema eleitoral do suposto grupo criminoso investigado.

"Todo o panorama exposto, segundo a Polícia Federal, aponta a ação coordenada dos integrantes do grupo criminoso para amplificação das falsas narrativas que construíram e replicavam acerca do sistema eleitoral brasileiro, estando ainda devidamente comprovada a relação mantida entre Fernando Cerimedo e Angelo Martins Denicoli e Eder Balbino, na dinâmica de divisão de tarefas fixada para aquela finalidade", escreveu Moraes.

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