O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) estabeleceu a meta de entregar títulos de propriedade a todas as famílias que moram nos 140 assentamentos estaduais até o fim de 2026.

No primeiro ano, 1.059 famílias receberam os títulos. A avaliação do governo é a de que o processo ganhará tração a partir deste ano e, nesse ritmo, contemplará as 6.074 famílias restantes em três anos.

"Não haverá um assentado sem título de propriedade no estado de São Paulo até 2026", diz Guilherme Piai, secretário de Agricultura do governo estadual e principal responsável pelo projeto.

Em janeiro, o governo paulista entregou mais de mil títulos de regularização fundiária na região conhecida como Pontal do Paranapanema, extremo oeste de São Paulo. A área é um reduto de movimentos de reforma agrária, especialmente do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra).

A entrega de títulos de propriedade para os assentados é inspirada em política implementada para o campo no governo de Jair Bolsonaro (PL).

O modelo enfrenta oposição de movimentos sem-terra e partidos de esquerda, que veem esvaziamento do processo de reforma agrária.

Já os defensores da prática argumentam que ela retira os assentados da órbita de movimentos do campo e confere liberdade para que produzam de acordo com regras de mercado.