Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Familiares de vítimas da ditadura cobram recriação da Comissão de Mortos e Desaparecidos

Pleito foi apresentado durante sessão na Alesp em homenagem a viúvas de alvos do regime militar

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Sessão solene realizada na última sexta-feira (5) na Assembleia Legislativa de São Paulo em homenagem a viúvas de vítimas da ditadura militar teve pedidos de recriação imediata da Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos.

A instância foi encerrada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e até o momento não foi restabelecida pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), contrariando a expectativa de perseguidos políticos e seus parentes.

"A comissão não poderia ter sido desinstalada. Ela só poderia ter sido extinta após encerrados os seus trabalhos e, obviamente, isso não aconteceu", disse a psicóloga Vera Paiva, ex-integrante da comissão. Ela recebeu a homenagem póstuma para sua mãe, Eunice Paiva, que morreu em 2018 e era viúva do deputado Rubens Paiva.

Já Ivo Herzog representou a mãe, Clarice, viúva do jornalista Vladimir Herzog, que se ausentou. Além delas, Ana Dias, viúva do operário Santo Dias, foi homenageada. A sessão foi proposta pela deputada estadual Beth Sahão (PT).

Cortejo com 50 mil pessoas pelas ruas do Rio de Janeiro após velório do estudante Edson Luís, morto em confronto com a polícia no restaurante Calabouço, em 28 de Março de 1968. Reprodução/

Multidão acompanha enterro do jovem estudante secundarista Edson Luís de Lima Souto, assassinado no dia 28 de março de 1968 durante confronto entre a Polícia Militar e estudantes, que protestavam contra a alta do preço da comida no restaurante universitário Calabouço, no Rio de Janeiro. Acervo Folhapress/

Corpo do jovem estudante secundarista Edson Luís de Lima Souto, assassinado no dia 28 de março de 1968 durante confronto entre a Polícia Militar e estudantes que protestavam contra a alta do preço da comida no restaurante universitário Calabouço, no Rio de Janeiro. Folhapress/Acervo

Enterro do estudante Edson Luís de Lima Souto, assassinado no dia 28 de março de 1968 durante confronto entre a Polícia Militar e estudantes que protestavam contra a alta do preço da comida no restaurante universitário Calabouço, no Rio de Janeiro. Correio da Manhã/Arquivo Nacional

Cerca de 2.000 estudantes participaram de um ato público em frente ao Tuca, o teatro da PUC-SP, em 22 de Setembro de 1977 quando foram interrompidos por 3.000 policiais, militares e civis, apoiados por carros blindados. A ação policial resultou na detenção de 854 pessoas, das quais 92 foram fichadas no Deops (Departamento de Ordem Política e Social) e 42 acabaram sendo processadas com base na Lei de Segurança Nacional, acusadas de subversão. Arquivo PUC/Arquivo

Cartaz de procura-se do capitão Carlos Lamarca. Reprodução/memoriasdaditadura.org.br

O capitão Carlos Lamarca dando treinamento a funcionárias do Banco Bradesco no quartel do 4º RI, em Quitaúna, município de Osasco (SP), em 22 de Janeiro de 1969. Folhapress/Acervo

O capitão Carlos Lamarca dando treinamento a funcionárias do Banco Bradesco no quartel do 4º RI, em Quitaúna, município de Osasco (SP), em 1969. /Reprodução

Cartaz de militantes de organizações de esquerda procurados pelos órgãos de segurança nacional S. l., em 1971. Arquivo Nacional/Acervo

Helicóptero militar pousa na clareira em região próxima às margens do rio Araguaia, no estado do Pará, para a retirada de corpos de militantes mortos durante a Guerrilha do Araguaia, em 1972. /Reprodução

Corpos de guerrilheiros são embalados em lonas listradas por militares, em 1972, na região próxima às margens do rio Araguaia, no estado Pará. /Reprodução

Os corpos do médico João Carlos Haas, o dr. Juca, e de outro guerrilheiro, que participaram da Guerrilha do Araguaia, são observados pelo soldado Vantuir (à esq.), pelo sargento José Antônio de Souza Perez, e um médico, em 1972, em uma área próxima as margens do rio Araguaia, no estado Pará, em 1972. /Reprodução

Cartaz "Nunca Mais! Mortos e desaparecidos", do grupo Tortura Nunca Mais. Ele faz parte do livro "Os cartazes desta história?, do Instituto Vladimir Herzog, que reúne obras produzidas contra ditaduras na América Latina. /Reprodução

Intervenção sobre cena do assassinato de Pedro Pomar e Ângelo Arroyo disponível no site Memorial da Democracia; imagem apareceu adulterada no documentário 'Democracia em Vertigem', sem as armas que existem na foto original. Reprodução/ Memorial da Democracia

Cena do assassinato de Pedro Pomar e Ângelo Arroyo disponível no site Memorial da Democracia; imagem apareceu adulterada no documentário 'Democracia em Vertigem', sem as armas que existem na foto original. Reprodução/Memorial da Democracia

O jornalista Vladimir Herzog (1937-1975), cuja morte foi simulada pelo Exército como suicídio. /Reprodução

O jornalista Vladimir Herzog diante da máquina de escrever. Divulgação/Acervo Instituto Vladimir Herzog

Jornalista Vladimir Herzog, morto em uma cela do DOI-Codi no dia 25 de outubro de 1975, em São Paulo. Jornal do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo/Silvaldo Leung Vieira

Reprodução de foto da exumação do corpo de Vladimir Herzog. Folhapress/Acervo

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