Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant
Críticas de Zelenski não atrapalham busca por conciliação, diz Amorim
Presidente da Ucrânia disse que não conseguia entender posição do governo brasileiro em relação ao conflito com a Rússia
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O assessor especial para assuntos internacionais da Presidência, Celso Amorim, avalia que as críticas do presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, ao Brasil por defender a participação da Rússia nas negociações sobre o conflito não atrapalham a busca por uma solução política para a crise na Ucrânia.
"Não creio que atrapalhe", disse ao Painel, quando questionado sobre se as críticas de Zelenski prejudicavam as negociações.
"O presidente Zelenski considera que seu país foi agredido e quer uma reparação total. A Rússia percebe na ampliação da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) uma ameaça direta à sua integridade. As duas posições têm algum fundamento, embora se possa discordar sobre a gravidade relativa de cada uma delas."
Amorim disse que, para o Brasil, a única solução é a negociação e o diálogo entre as partes, "facilitados por Estados interessados no objetivo maior de preservar a paz e preservar o mundo de um conflito de consequências incalculáveis"
Na semana passada, Amorim se reuniu com com Wang Yi, membro da cúpula do Partido Comunista e chanceler da China. Os dois países apresentaram uma proposta conjunta na qual disseram apoiar uma "conferência internacional de paz realizada em um momento apropriado, que seja reconhecida tanto pela Rússia quanto pela Ucrânia".
Em resposta, Zelenski concedeu entrevista a jornalistas da América Latina e disse que não conseguia entender a posição do Brasil. "Diga: por acaso, presidente Lula, por acaso não quer ter essa aliança? Por acaso o Brasil está mais alinhado com a Rússia do que com a Ucrânia? A Rússia nos atacou", afirmou.
A Ucrânia cobra a participação do Brasil na cúpula de paz que será realizada na Suíça, marcada para 15 e 16 de junho em Lucerna. Amorim, entretanto, disse que a tendência é o Brasil não participar do encontro, seja em nível presidencial ou ministerial.
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