Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Bolsonaro retomou protagonismo com setor privado, dizem empresários
Presidente não parece mais evitar o diálogo, segundo executivos que foram a jantar
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Se até poucos meses atrás o vice Hamilton Mourão era tido como “o interlocutor do governo com a iniciativa privada”, o jantar do empresariado com Bolsonaro na casa de Paulo Skaf (Fiesp) nesta terça-feira (11) serviu para devolver ao presidente o protagonismo nas relações com o setor produtivo.
A impressão de que Bolsonaro evita dialogar se desfez após um encontro informal em que mais de 40 empresários e executivos tiveram livre acesso a ele e ao ministro Paulo Guedes.
Ego Conforme um dos empresários, o que os cativou não foram exatamente as falas em defesa da Previdência já tão repetidas publicamente por Paulo Guedes e Bolsonaro, mas a postura assertiva da dupla em relação ao choque liberal e a abertura para ouvir as ideias apresentadas.
Clima de campanha Um dos presentes saiu do jantar tocado pela simplicidade com que Bolsonaro abraçou e cumprimentou os garçons.
Ouvidos Presidente e ministro chegaram cedo ao jantar, antes de muitos convidados. Sobrou tempo para bater papo com todos. Até quem vinha se queixando da dificuldade de acesso nos últimos meses teve chance de conversar com eles em grupos de cinco a três pessoas.
Etiqueta O presidente não tocou no tema das conversas vazadas entre Sergio Moro e Deltan Dallagnol, nem foi questionado, segundo um alto executivo. Todos tiveram boa educação, diz o convidado.
Pessoal e intransferível Os detalhes do jantar foram preparados com tanto cuidado que foi o próprio Skaf quem chamou pessoalmente ou por telefone alguns dos convidados. O evento foi tão reservado que os participantes foram desacompanhados, sem assessores nem cônjuges.
Outdoor Compartilhada por empresários como Luciano Hang nas redes sociais, a mensagem colada nas torres comerciais ao lado do shopping JK Iguatemi, em São Paulo, é do banco Santander. Segundo a empresa, a repercussão nas redes é positiva, perto de 95%.
Liminar O ministro do STF Gilmar Mendes suspendeu nesta terça (11) as quebras de sigilo fiscal e bancário do ex-presidente da Vale, Fábio Schvartsman. A decisão contraria a CPI de Brumadinho (MG), que havia aprovado a medida no último dia 4.
Justificativa O ministro afirma na decisão que os dados não são necessários para a investigação e que, neste caso, prevalece o direito à intimidade.
Flashback Também foi o ministro do STF o relator do habeas corpus que liberou, em maio, o executivo de depor à CPI da Câmara que investiga a tragédia de Brumadinho.
Parcial Schvartsman havia também solicitado a suspensão das quebras de seu sigilo telefônico e telemático, mas não foi atendido. Mendes afirma que são importantes para a investigação, desde que restritas ao período do executivo à frente da companhia.
No gás A Coca-Cola Femsa Brasil é a mais nova adesão do governador paulista João Doria ao seu programa de parcerias com o setor privado. A companhia pagará a reforma do restaurante popular Bom Prato. O primeiro será entregue nesta quarta (12), no centro da capital paulista.
De olho Outras três unidades também serão renovadas, segundo a secretaria de Desenvolvimento Social. A Coca-Cola Femsa Brasil afirma, em nota, que o apoio é aderente à missão da companhia de gerar valor econômico, ambiental e social, e que a doação só será feita após atestada a conclusão da obra.
com Igor Utsumi e Paula Soprana
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