Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Ficar fechado dá menos prejuízo, diz dono de loja
Segundo empresário, comércio ainda está às moscas em cidades que começaram a relaxar quarentena
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Às moscas A despeito da pressão que o comércio vem fazendo sobre governos estaduais e municipais pelo relaxamento da quarentena, as primeiras experiências em cidades que já tomaram algumas medidas de reabertura não são animadoras, segundo relatos de lojistas. “Acho que dá menos prejuízo ficar fechado. Está às moscas. Eu esperava algo melhor”, afirma Tito Bessa Junior, presidente da Ablos (associação de lojistas de menor porte de shoppings) e dono da rede de moda TNG.
Frio Pelos cálculos de Bessa Junior, em cidades como Joinville, Blumenau e outras que iniciaram as aberturas nos últimos dias, o fluxo ficou em 70% da média anterior à doença.
Rumo Em SP, onde os negócios estão concentrados, o empresário diz que ainda não é possível fazer previsões, mesmo após o anúncio sobre a reabertura feito pelo governador João Doria na quarta (22). “Ainda não tem horizonte. Pela mensagem que foi passada, não dá para fazer planejamentos”, afirma Bessa Junior.
Vitrine O Sindilojas-SP (sindicato dos lojistas) aderiu ao movimento da ACSP (associação comercial) que está pedindo à prefeitura e ao governo de SP a reabertura do comércio no estado a partir de 1º de maio. A entidade sugere o uso de máscaras e limitação no número de clientes e funcionários por estabelecimento.
Às compras Aldo Macri, diretor do Sindilojas-SP, diz que muitos comerciantes não conseguirão manter seus negócios até 11 de maio, data proposta pelo governo para iniciar o relaxamento. Ele estima que o movimento será baixo no início, o que evita a aglomeração.
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