Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Sindicato sugere que Latam pode deixar de existir
Presidente do SNA afirma que sua declaração teve sentido metafórico
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O clima de tensão piorou nas negociações do acordo coletivo da Latam com os aeronautas nesta semana depois que o presidente do SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas), Ondino Dutra, disse em uma apresentação online da entidade que "a categoria é mais antiga e vai continuar existindo, e a empresa, não necessariamente".
O peso da expressão irritou uma parte dos trabalhadores que aceitariam ganhar menos, conforme propõe a empresa, porque têm medo de não conseguir se recolocar no mercado de aviação em crise caso a companhia, que já enfrenta uma recuperação judicial, não resista.
Quase 90% dos comandantes, copilotos e comissários rejeitaram na segunda (27) a proposta feita pela Latam de redução permanente nos salários. Nas negociações, a empresa tem dito que, mesmo após o corte que ela propõe, a remuneração de seus funcionários não vai ficar mais baixa do que a praticada pelas concorrentes historicamente. Nos acordos fechados pela Azul e a Gol a redução não será definitiva.
Procurado pela coluna, Dutra diz que sua declaração tem sentido metafórico e fala em dignidade do grupo, que rejeitou a proposta da Latam, mesmo sob risco de demissão. Ele nega que a frase tenha causado desconforto e afirma que a participação de cerca de 6.000 tripulantes na votação da proposta da empresa, com 90% de rejeição, mostra unidade no grupo.
Com Filipe Oliveira e Mariana Grazini
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