Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Bolsonaro mentiu, se vitimizou e transferiu responsabilidade na ONU, diz Amoêdo
Fundador do partido Novo avalia que discurso foi 'mais do mesmo'
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O discurso do presidente Jair Bolsonaro na Assembleia Geral da ONU foi "mais do mesmo" e "desinformou, como sempre", na opinião de João Amoêdo, fundador do partido Novo, que na eleição de 2018 era tido como o candidato à Presidência preferido do mercado financeiro.
"Ele começa dizendo que estava preocupado com o coronavírus, quando ele não estava. Depois diz que não poderia fazer nada porque era tudo responsabilidade dos governadores. Diz que a imprensa politizou o vírus. Fala muito coisa errada do meio ambiente. Acho que ele fez o roteiro padrão: fala algumas mentiras, transfere as responsabilidades, não reconhece os erros, culpa a imprensa, se coloca como vítima. Ele tem essa mania de se colocar como vítima", avaliou Amoêdo após assistir o discurso.
Ao falar das reforma da Previdência, tributária e administrativa, Bolsonaro tenta passar a impressão de que o Brasil está funcionando bem, deixa uma impressão negativa, segundo Amoêdo.
"Minha conclusão é essa: ele desinforma, consolida a falta de credibilidade externa que ele tem. Mas a consequência é que a gente sai com uma imagem do país prejudicada, infelizmente. Esse é o resumo do que eu vejo nesse pronunciamento. É muito distante da realidade do país", afirma.
Para Amoêdo, o discurso do presidente são frases soltas. Não tem objetividade nem organiza conceitos.
"Como no meio tem a desinformacão e notícias que não são verídicas, fica mais confuso ainda. É um apanhado sem sequência lógica. No final, quando termina, você se pergunta: 'mas qual foi a mensagem que ele quis passar? Que conclusão eu levo disso aqui?' Fica um vazio, um vácuo", afirma.
com Filipe Oliveira e Mariana Grazini
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