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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Revendedores de veículos articulam manifestações contra reajuste do ICMS em SP

Empresários planejam carreatas e manter lojas fechadas na próxima quinta (21)

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São Paulo

Revendedores de veículos de São Paulo planejam manifestações em várias cidades do estado nesta quinta (21) contra o reajuste de ICMS do governador João Doria para o setor.

Associações em Campinas, Jundiaí, São José do Rio Preto, na capital paulista e em outros locais programam carreatas que acontecerão no mesmo horário. As entidades farão reunião online nesta segunda (18) para discutir mais detalhes.

As lojas também ficarão fechadas no dia e subirão faixas em protesto, segundo Luiz Carlos Mendonça, presidente da Arvec, entidade que representa o setor em Campinas.

“Ficou totalmente inviável trabalharmos. Eu, que tenho loja há 45 anos, e muitos outros estamos pensando em parar com o ramo”, diz Mendonça.

O empresário Marcelo Cruz, que articula o protesto na capital paulista, onde ele tem loja, estima que mais de 500 carros devem participar na cidade. O grupo deve partir do estádio do Pacaembu pela manhã. “Toda a cadeia automobilística vai ser afetada: mecânicos, despachantes, auto elétricas e outros”, afirma.

Na semana passada, o governo de São Paulo não aceitou os argumentos dos revendedores de veículos e manteve o aumento no valor do ICMS, conforme proposto no pacote de ajuste fiscal de Doria que entrou em vigor na sexta (15).

A alíquota que incide sobre as negociações de carros, motos e caminhões usados passou de 1,8% para 5,53% e depois cairá para 3,9% em abril.

Procurado, o governo paulista diz, em nota, que os veículos novos e usados "por quase três décadas se beneficiaram com renúncias fiscais de até 98%, em relação à alíquota de 18% praticada no estado".

Também afirma que o objetivo do ajuste fiscal é proporcionar recursos para fazer frente às perdas causadas pela pandemia. E diz que está em diálogo com as entidades de revendedores na busca de outras receitas tributárias para compensar "eventual diminuição do percentual de redução do benefício fiscal concedido".

Filipe Oliveira (interino), com Mariana Grazini e Arthur Cagliari

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