Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Investidor diz que mercado agora vê Bolsonaro sem maquiagem e prevê demissão de Paulo Guedes
Para o sino-brasileiro Lawrence Pih, ministro da economia deu credibilidade a uma fantasia
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A intervenção de Bolsonaro na Petrobras pode ser o início de um abismo para o país, na opinião do investidor Lawrence Pih, que prevê a demissão do ministro da Economia, Paulo Guedes.
Pih afirma que nunca acreditou no potencial liberal de Bolsonaro, diferentemente de grande parte do mercado financeiro.
"Eu nunca acreditei, mas a grande maioria do mercado foi na conversa de Bolsonaro. Tanto que até o ex-ministro Sergio Moro caiu nessa conversa. A mim ele nunca enganou. É só olhar o histórico dele de quase três décadas como baixíssimo clero no Congresso", afirma Pih.
Para o investidor, a indicação de Paulo Guedes para cuidar da economia deu credibilidade a uma fantasia de que o presidente seria pró economia de mercado.
"Bolsonaro, quando candidato, vendeu a imagem de pró-mercado, pró-capitalismo e antiestatizante. Os incautos, agora, o enxergam sem maquiagem: estatizante, anti-capitalismo, anti-economia de mercado, socialista, populista, autoritário e uma ameaça à democracia. Receio pelo futuro do nosso país", diz.
Pih é um investidor sino-brasileiro que tem um olhar de décadas sobre a política local. Ele foi um dos primeiros empresários a apoiar o PT na década de 1980 e também um dos primeiros a criticar o governo Dilma Rousseff publicamente três décadas depois.
Também ficou conhecido por ter sido o dono do Moinho Pacífico, um dos maiores processadores de trigo do Brasil, até 2015, quando o vendeu para a Bunge.
Com Filipe Oliveira e Mariana Grazini
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