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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Indústria ainda prevê preços disparados do transporte marítimo em 2022

Contêiner vindo da China saltou de R$ 11,5 mil, em janeiro de 2020, para R$ 74,3 mil neste mês

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São Paulo

Os entraves logísticos e os altos preços do transporte marítimo, que dificultaram a importação e a exportação de produtos nos últimos meses, ainda devem ser um problema para o Brasil no primeiro semestre de 2022, segundo projeções da CNI (Confederação Nacional da Indústria).

Neste mês, o preço de um contêiner vindo da China, que custava cerca de R$ 11,5 mil em janeiro de 2020, chegou a R$ 74,3 mil, de acordo com a entidade.

Trazer mercadorias da costa leste da América do Norte também ficou mais caro. O contêiner de 12 metros de comprimento saltou de R$ 7.170 para R$ 54 mil, em média.

Matheus de Castro, especialista em infraestrutura da CNI, lembra que o problema começou ainda no início da pandemia, com o fechamento de fábricas e terminais chineses. A mercadoria acumulada congestionou o serviço de transporte na retomada das atividades, elevando o preço e prejudicando a indústria brasileira, que sofreu com a falta de insumos.

Segundo Castro, as filas nos portos norte-americanos têm reduzido progressivamente desde o pico, em setembro e outubro deste ano, mas permanecem em níveis elevados.

​Os gargalos nos portos asiáticos e as novas encomendas, além da imprevisibilidade da pandemia, devem manter a desordem nas transações no início de 2022, principalmente com China e Estados Unidos.

"Tem um efeito direto na competitividade do nosso produto lá fora. O período de pandemia afetou muito a rentabilidade das empresas e qualquer aumento de custo prejudica a retomada da economia e a capacidade de exportação", diz.

Com Andressa Motter e Ana Luiza Tieghi

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