Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
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Novos dados apontam o crescimento da preocupação dos brasileiros com a inflação neste ano.
O país em que o consumidor mais sentiu o aumento nos preços dos alimentos no primeiro bimestre foi o Brasil, segundo levantamento de fevereiro realizado em 24 países pela empresa de ciência de dados de consumo Dunnhumby.
No Brasil, a sensação de alta chegou a quase 43% no período. Em seguida aparecem Colômbia e Chile, onde a percepção de inflação para os consumidores ficou em torno de 34% e 32%, respectivamente.
Segundo a Dunnhumby, na média geral dos países analisados, os consumidores superestimam a taxa de inflação real em menos de 15 pontos percentuais, enquanto o Brasil lidera a lista com mais de 30 pontos de distância dos dados oficiais.
Ainda de acordo com o estudo, mais de 62% buscam custo-benefício. Para driblar o aumento na hora das compras, as estratégias predominantes são pesquisar em canais online as melhores ofertas e comparar os preços. Quase metade afirma que só compra se for em promoção.
A manifestação do receio dos brasileiros diante da escalada dos preços também cresce na internet, segundo outra pesquisa, da agência .MAP com 1,4 milhão de publicações diárias feitas no Twitter e no Facebook.
Em março, pela primeira vez, a inflação ocupou o primeiro lugar no ranking dos assuntos mais populares desde que o monitoramento da .MAP começou a ser feito, em 2015, segundo a empresa.
Joana Cunha com Andressa Motter e Ana Paula Branco
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