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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Descrição de chapéu mercado de trabalho

Empresas questionam LinkedIn por exclusão de vaga para negro e indígena

Iniciativa Empresarial pela Igualdade Racial diz que vai enviar comunicado à sede

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São Paulo

Além das cobranças que já recebeu do Procon-SP e do MPF (Ministério Público Federal) por ter excluído um anúncio de vaga de trabalho para profissionais negros e indígenas, o LinkedIn começa a ser questionado pelas grandes companhias.

LinkedIn Corporation, na Califórnia (EUA) - Robert Galbraith -28.dez.21/REUTERS

A Iniciativa Empresarial pela Igualdade Racial, movimento para superar o racismo no ambiente corporativo que desde 2015 reúne grandes empresas de diversos setores, enviou um comunicado ao LinkedIn pedindo explicações sobre o caso, segundo Raphael Vicente, que comanda a Iniciativa.

Ele afirma que um documento semelhante também está sendo encaminhado para a sede da rede social nos Estados Unidos.

"Vamos notificá-los por isso e acompanhar junto com os órgãos responsáveis para entender o que foi que aconteceu. Também solicitamos apoio do Ministério Público do Trabalho, que é um ator essencial nisso", diz Vicente.

Nesta quarta (23), o Procon-SP anunciou que notificou o LinkedIn pedindo explicações sobre como é feita a publicação das vagas, se há políticas norteadoras para o processo e como os anunciantes são informados sobre elas. O Ministério Público Federal também encaminhou ofício à empresa.

As notificações foram feitas após reportagem da Folha mostrar que o LinkedIn derrubou uma vaga para coordenação administrativa e financeira publicada pelo Laut (Centro de Análise da Liberdade e do Autoritarismo), que priorizava pessoas negras e indígenas no seu processo seletivo.

"Dadas as devidas proporções, isso se assemelha ao que aconteceu na época do trainee do Magazine Luiza [em 2020], com pessoas questionando as ações afirmativas. Essa discussão não tem sentido nenhum. No Brasil, o posicionamento jurídico e das instituições já está sedimentado. Não só é possível como é necessário fazer esse tipo de ação", afirma Vicente.

Joana Cunha com Andressa Motter e Ana Paula Branco

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