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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Queda de assinantes da Netflix deixa dúvida entre cenário macro e competição, diz XP

Fernando Ferreira, estrategista chefe da XP, avalia que baque não é alerta para mercado de streaming

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São Paulo

A perda de assinantes divulgada pela Netflix neste mês não deve sinalizar um alerta para o mercado de streaming em geral, mas fica a dúvida sobre quanto dessa queda está ligado a questões macro, que poderiam impactar outras empresas, e quanto tem de causas inerentes à competição e à perda de participação de mercado, segundo a avaliação de Fernando Ferreira, estrategista chefe da XP.

Uma parte do baque tem a ver com queda na renda disponível, que pode ter levado o consumidor a cortar assinatura porque o custo de vida subiu e foi preciso fazer escolhas. Outra fatia da queda é atribuída à competição, com perda de participação de mercado para os serviços de streaming de Amazon e Disney.

Netflix perde assinantes pela primeira vez em dez anos - Justin Sullivan/ Getty Images/AFP

"O grande desafio do Netflix é que eles competem com empresas gigantes que têm outras linhas de negócio e não estão com uma visão de gerar lucro nesse negócio de streaming. Para a Amazon, o business é outro. Eles têm o streaming, não para fazer dinheiro nisso, mas muito mais para criar lealdade dos consumidores que assinam o Prime. Na Disney, cresceram muito rápido. É uma competição difícil", diz Ferreira.

No cenário de alta dos juros, com o Federal Reserve dando indicações de aceleração, o mercado também fica mais arisco com as empresas de crescimento, como as ações de tecnologia.

"Qualquer problema que a empresa tenha, nesse cenário de juros em alta, acaba sendo mais exacerbado. O mercado tem reações bem mais fortes. Isso tem muito a ver com o cenário macro que estamos vivendo", afirma o estrategista da XP.

Joana Cunha com Andressa Motter e Paulo Ricardo Martins

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