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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Siderúrgicas dizem que construção levou dado errado a Guedes para pressionar por corte de imposto

Presidente do Aço Brasil afirma que fez apelo a ministro para não penalizar setor por sandices da construção

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São Paulo

A tensão entre a indústria da construção civil e as siderúrgicas voltou a subir diante dos planos do governo de cortar tarifas de importação para tentar contornar a pressão inflacionária.

Fabricantes de aço acusam empresas da construção de levar informações erradas ao ministro Paulo Guedes para convencer o governo de que o aço brasileiro está muito caro e, portanto, seria adequado elevar a concorrência do importado.

"Fizemos um apelo ao ministro para que não fôssemos penalizados por essas sandices que têm sido apresentadas por esse grupo da construção. O ministro ficou surpreso com as informações e orientou a equipe dele a rever os números e fazer uma rediscussão", diz Marco Polo de Mello Lopes, presidente-executivo do Instituto Aço Brasil, que reúne empresas como Gerdau e Usiminas.

A ideia, segundo Lopes, seria retirar o vergalhão de aço da lista dos itens que devem ter o imposto de importação reduzido.

Ele diz que o produto brasileiro está entre os mais baratos do mundo, atrás apenas das matérias-primas de Rússia e China. A entidade apresentou ao governo números do setor, que planeja investimento de R$ 12 bilhões neste ano.

"O ministro disse que tem sido pressionado pela construção civil, por um grupo que representa os construtores da Casa Verde e Amarela, que alega que está passando por grandes dificuldades porque o aço aumentou mais de 100%, o que é uma inverdade. Eu não sei de onde vem essa dificuldade porque só anunciam resultados fantásticos", diz Lopes.

Conforme o Painel S.A. antecipou, a indústria da construção vinha se movimentando para buscar mais aço no mercado internacional, como fez no ano passado, com o objetivo de driblar os preços.

Joana Cunha com Andressa Motter e Paulo Ricardo Martins

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