Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Gigantes do varejo eletrônico rivalizam por Viracopos
Pandemia turbinou o comércio online e transporte de carga no aeroporto mais que dobrou; plano é tornar o local centro de distribuição na AL
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Alibaba, Amazon, Mercado Livre, Fedex e até os Correios voltaram a conversar com integrantes do governo interessados em arrematar o aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). O interesse dos estrangeiros no local é transformá-lo no maior terminal de cargas da América Latina.
Depois da devolução do contrato pelos antigos concessionários, há dois anos, o governo decidiu colocá-lo novamente para a iniciativa privada.
Viracopos foi concedido em 2012 à Aeroportos Brasil, formada por Infraero, pelas construtoras UTC e Triunfo e pela francesa Egis. A concessionária pediu recuperação judicial em 2018. Além da crise econômica, a concessão sofreu com a redução de movimento de passageiros provocada pela pandemia.
Em dezembro de 2020, o processo de recuperação foi encerrado a pedido da própria empresa, passo dado para permitir o processo de relicitação.
O aeroporto passou, então, a registrar forte crescimento no transporte de cargas, particularmente do ecommerce, o que reacendeu o apetite dos grupos estrangeiros.
Em 2021, pela primeira vez desde sua concessão, Viracopos teve lucro. De acordo com os números divulgados, a receita bruta foi de R$ 1,1 bilhão, quase 30% acima do ano anterior, com um lucro líquido no exercício de R$ 276 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 322 milhões de 2020, segundo a empresa.
Segundo a Secretaria de Aviação Civil, a movimentação de cargas, que era de 600 mil toneladas por ano, em 2018, já passou para a casa de 1,5 milhão de toneladas —rivalizando com Guarulhos (SP), maior porta de entrada do comércio por via aérea.
Julio Wiziack (interino) com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix
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