Siga a folha

Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Descrição de chapéu transporte público

Abertura de mercado de ônibus patina na ANTT

Agência de transportes terrestres faz consulta pública sem divulgar minuta do novo marco regulatório

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Brasília

O STF decidiu que o mercado de ônibus interestadual deve ser aberto para novas empresas por meio de autorizações, mas a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) mantém restrições à abertura na proposta de regulamentação em discussão nesta semana.

Os documentos referentes à proposta do novo marco estavam disponíveis até a segunda (3). Desde terça (4), foram mantidos sob sigilo.

Movimentação no terminal rodoviário da Barra Funda, em São Paulo - Jardiel Carvalho - 30.out.2022/Folhapress

A situação é inusual porque, nesta quinta (6), a ANTT abriu a consulta pública sobre a proposta de marco regulatório sem que ele seja conhecido pelo setor.

A Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), que chegou a ter acesso aos documentos na segunda, avalia que se mantiveram restrições ao ingresso de novas empresas no mercado.

Para a entidade, isso contraria decisão do STF, que, em março deste ano, julgou constitucional a lei que impõe o regime de autorizações para o transporte terrestre interestadual.

As empresas questionaram a agência sobre o sigilo, mas não obtiveram resposta. Avaliam ser um movimento para que ela ganhe mais tempo.

A abertura das rotas de ônibus de longa distância se assemelha ao que foi feito com as ferrovias que, por meio de um novo marco legal, passaram a ser construídas sob regime de autorização.

Nessa modalidade, o risco do projeto é integralmente da iniciativa privada e o preço da tarifa passa a ser livre —o governo não regula.

Na gestão passada, a ANTT começou a abrir o mercado e, entre meados de 2019 e março de 2021, concedeu autorizações que permitiram 22.620 ligações interestaduais.

A aprovação dos pedidos representaria uma ampliação de 22,1% no total de municípios atendidos, com um aumento potencial de usuários em torno de 9%, o que representa mais de 13,5 milhões de brasileiros.

Depois disso, houve questionamentos junto ao STF e também no TCU. Com o aval de ambas as cortes, coube à ANTT definir as regras de operação das empresas.

Com Diego Felix

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas