Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Relógio de R$ 80 mil usado por Lula não consta em lista de presentes oficiais
Modelo da Piaget foi dado pelo então presidente da França, Jacques Chirac, em 2005
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
O relógio de pulso da marca Piaget avaliado em R$ 80 mil que o presidente Lula usa não consta na lista de presentes oficiais informados ao TCU (Tribunal de Contas da União).
Em 2016, quando itens desaparecidos da coleção de Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff viraram alvo de um processo na Corte de Contas, uma relação com 568 itens foi entregue.
Em julho deste ano, o próprio presidente Lula afirmou ter ganhado o item do então presidente da França, Jacques Chirac, em 2005, durante as comemorações do Ano do Brasil na França. A revelação foi feita durante o "Conversa com o Presidente".
No programa, Lula falou que o relógio ficou perdido por um tempo e que o encontrou depois da mudança em uma gaveta. Passou, então, a usá-lo.
Durante a campanha de 2022, posou para fotos fazendo comentários sobre o modelo.
A coluna obteve a lista completa dos 568 itens descritos como presentes pelo gabinete de Lula quando ele deixou o cargo. O relógio Piaget dado por Chirac não consta no documento.
Oito itens presenteados foram dados como perdidos e o presidente Lula pagou cerca de R$ 11 mil em ressarcimento. Segundo a assessoria do TCU, o relógio não estava entre eles.
O ex-presidente Jair Bolsonaro utiliza o caso do relógio de Lula para se defender do relógio Rolex dado pela Arábia Saudita. Avaliado em R$ 360 mil, o modelo, cravejado de pedras preciosas, foi vendido nos EUA, mas o advogado de Bolsonaro, Frederick Wassef, o recomprou para que fosse devolvido, como pediu o TCU.
Com Diego Felix
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters