Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Demanda por crédito tem pior queda desde 2008, diz Serasa
Levantamento da instituição mostra que brasileiro enfrentou severa restrição monetária com Selic elevada
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Uma das preocupações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a busca por crédito registrou uma queda de 9% no ano passado, o pior desempenho desde 2008, quando a Serasa Experian começou a monitorar esse mercado.
Naquele ano, ainda sob o efeito da crise financeira global decorrente da quebra do mercado imobiliário nos EUA, a queda no crédito foi de 6,8%. Em 2014, quando o país mergulhou em recessão, ela foi de 5,4%.
Os brasileiros com renda mensal menor foram os mais penalizados no ano passado. Entre os que ganham entre R$ 500 e R$ 2.000, a queda variou entre 1,4% e 9,9%. Na faixa entre R$ 2.000 e R$ 5.000, ela foi de 7,7%. Acima desse patamar, ficou abaixo de 7,4%.
Essa situação se espalhou por todas as regiões e foi mais percebida por consumidores do Distrito Federal, onde a retração foi de quase 18%, seguida por Amapá (17,5%) e Rio de Janeiro (17%).
"Os "culpados" por afastarem os brasileiros do mercado de crédito em 2023 foram as taxas pouco atrativas, impactadas pela alta da Selic, além da inadimplência elevada", afirma o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.
Segundo ele, os cortes na Selic ocorridos no segundo semestre de 2023 levam ao menos nove meses para fazer efeito sobre a atividade econômica.
Isso combinado com o endividamento, levou os brasileiros a perceberem as parcelas de uma compra ou de um financiamento, por exemplo, não cabiam mais no bolso. Só recentemente, os endividados passaram a ter a opção de refinanciamento pelo Desenrola Brasil.
O Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito leva em consideração os CPFs consultados mensalmente em sua base de dados nas transações entre consumidores e instituições do sistema financeiro ou empresas não financeiras.
Com Diego Felix
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